IPM-H encerra 2022 com alta acumulada de 1,95%, apontam Fipe e Bionexo
Resultado anual representa a desaceleração dos preços de medicamentos ante 2020 e 2021
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
De acordo com o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador desenvolvido pela Fipe em parceria com a Bionexo, os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil encerraram 2022 com alta acumulada de 1,95%, menor resultado anual da série histórica.
Comparativamente, a variação do índice ficou abaixo da inflação ao consumidor, medida pelo IPCA/IBGE (+5,79%). Conforme apurado pela Fipe a partir dos dados Bionexo, o IPM-H apresentou discreta elevação no último mês de 2022 (0,12%), variação inferior à registrada em novembro (1,72%).
O resultado de dezembro é influenciado pela acomodação natural dos preços (demanda e oferta) após 2020 e 2021, que registraram, respectivamente, a maior e a segunda maior variação anual acumulada da série histórica do IPM-H, principalmente em razão dos efeitos da pandemia.
Em dezembro, as variações médias por grupo terapêutico foram: aparelho respiratório (+2%); preparados hormonais (+1,95%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (+1,67%) e agentes antineoplásicos (+1,49%). Em contraste, houve recuo nos preços dos grupos a seguir: aparelho geniturinário (-6,04%); sistema nervoso (-3,11%); aparelho digestivo e metabolismo (-2,42%); órgãos sensitivos (-2,34%); aparelho cardiovascular (-1,21%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-0,84%); sangue; sistema musculoesquelético (-0,63%); e sangue e órgãos hematopoiéticos (-0,47%).
No acumulado de 2022, considerando de janeiro a dezembro, o IPM-H revela que os preços dos medicamentos passaram a acumular uma alta de 1,95%, resultado inferior à inflação ao consumidor acumulada pelo IPCA/IBGE (+5,79%), bem como ao comportamento dos preços da economia apurado pelo IGP-M/FGV no mesmo período (+5,68%).
Com os dados, é possível destacar a valorização de medicamentos atuantes sobre: aparelho geniturinário (+24,90%); aparelho respiratório (+21,40%); sangue e órgãos hematopoiéticos (+20,17%); agentes antineoplásicos (+6,20%) e os imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+2,33%). Já os medicamentos cujos preços, em média, apresentaram queda incluíam-se nos grupos: órgãos sensitivos (-0,67%); sistema musculoesquelético (-1,01%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-5,31%); aparelho cardiovascular (-7,88%), sistema nervoso (-10,55%); e aparelho digestivo e metabolismo (-20,15%).