Israel bombardeia escola de agência da ONU em Gaza que abriga palestinos e deixa dezenas de mortos
Militares disseram que escola servia como base do Hamas; autoridades da Faixa de Gaza chamaram ação de "massacre horrível"
Foto: Reprodução/X
O Exército de Israel bombardeou uma escola da Organização das Nações Unidas (ONU) na Faixa de Gaza nesta quinta-feira (6). Segundo o governo local, controlado pelo Hamas, 40 pessoas morreram, entre elas cinco crianças.
As Forças Armadas de israelenses contestam o número e falam entre 20 e 30 mortos. O ataque aconteceu em um campo de refugiados de Nuseirat, que fica na região central da Faixa de Gaza.
O país admitiu ter atingido o local, mas alega que alvejava terroristas do Hamas que estavam no interior da escola e foram mortos na ofensiva. "Os terroristas dirigiram sua campanha de terror a partir da zona da escola, explorando-a e usando-a como refúgio", disse o comunicado.
Por sua vez, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) negou e afirmou que a instituição vinhas servindo para abrigar palestinos deslocados por conta da guerra.
Segundo a ONU, a escola oferece aulas a crianças do campo de refugiados, que originalmente abriga palestinos que vivam em territórios transformados no Estado de Israel em 1948.
As autoridades da Faixa de Gaza acusaram as forças israelenses de terem cometido "um massacre horrível". Segundo a agência de notícias Associated Press, o Hospital Al-Aqsa disse ter recebido 30 corpos em consequência do bombardeio à escola. Além disso, outras seis pessoas morreram em um outro ataque na região.
A Organização Não Governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse que o mesmo hospital recebeu cerca de 70 mortos e 300 feridos desde terça-feira (4). A organização afirmou que a maioria dos pacientes é composta por mulheres e crianças alvos de bombardeios.
