Itamaraty condena violações ao cessar-fogo entre Israel e Hezbollah e pede retirada de tropas do sul do Líbano
Posicionamento acontece após novos bombardeios ao território libanês

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) condenou, neste sábado (29), o que definiu como "violações sistemáticas" ao acordo de cessar-fogo entre o governo de Israel e o grupo terrorista Hezbollah.
Em nota, o governo brasileiro defendeu a plena retirada das tropas israelenses do Sul do Líbano.
Em novembro do ano passado, com mediação dos Estados Unidos e da França, um acordo de cessar-fogo foi fechado. Apesar disso, na sexta-feira (28), Israel realizou um ataque aéreo pesado a um prédio no subúrbio ao sul de Beirute, capital do Líbano.
Antes disso, no dia 22, o Exército israelense já havia bombardeado o sul do país, em ataque que deixou ao menos oito pessoas mortas. Segundo Israel, o ataque foi feito após interceptar uma tentativa de ataque do Hezbollah na fronteira.
O Itamaraty fez apelos para que Israel e o Hezbollah exerçam "máxima contenção". “Ao expressar forte preocupação com essa recente escalada de violência e com as violações sistemáticas do cessar-fogo, o Brasil conclama as partes envolvidas a exercer máxima contenção e a cumprir, integralmente, os termos do referido acordo e as obrigações previstas na Resolução 1701 do Conselho de Segurança”.
No início da guerra, o governo realizou a maior operação de resgate da história do país, com 2.663 passageiros e 34 animais domésticos tirados do Líbano.