Jair Bolsonaro sobre projeto para matar Lula: "Quem escreveu, que se responsabilize"
Interrogado sobre ter visto o programa para matar as três autoridades, o ex-presidente disse: "Quem porventura escreveu isso aí, que se responsabilize"
Foto: Alan Santos/PR
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que o “clima” para matar o presidente Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, era “impossível”, já que eles “vivem com N seguranças”.
Interrogado sobre ter acessado o esquema para assassinar as três autoridades, o ex-presidente disse:
“Quem porventura escreveu isso aí, que se responsabilize. Isso está na conta do General Mario e, pelo que fiquei sabendo, não está lá no plano o nome dos três lá, dá a entender que são eles. […] Você vai sequestrar e envenenar? Os cara vivem com N seguranças, era um clima impossível”, declarou Bolsonaro.
Operação Contragolpe
Em novembro de 2024, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação baseada em um documento feito por um dos alvos da investigação, definido como “um verdadeiro planejamento com características terroristas, no qual constam descritos todos os dados necessários para a execução de uma operação de alto risco”.
No documento, continha uma trama nomeada “Punhal Verde e Amarelo”, que tinha o intuito de matar Lula, Alckmin e Moraes. O relatório, feito pelo general Mario Fernandes, ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro, chamava os três pelos codinomes Jeca, Joca e Professora, respectivamente.
Envenenamento de Lula
Segundo os investigadores, o objetivo dos criminosos era de envenenar o petista.
“Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”, afirma o texto. Um veículo militar chegou a ser deslocado no dia em que estava marcado para acontecer a ação.
Armamento de guerra para capturar Moraes
O documento ainda deixava claro qual seria o armamento utilizado na captura e assassinato de Moraes: uma metralhadora, quatro fuzis, quatro pistolas e um lança-granada. “São armamentos de guerra comumente utilizados por grupos de combate”, indica parte da decisão.
Também em relação ao ministro, foram apontadas outras condições para o assassinato, como utilização de artefato explosivo ou, também, envenenamento. O relatório da PF revelou algumas das mensagens trocadas entre os membros do grupo criminoso.
O plano para assassinar Geraldo Alckmin não foi revelado no documento.