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Bahia

Jerônimo diz que jamais teve intenção de promover aprovação em massa de alunos: 'nossa intenção é acolher'

Governador da Bahia ainda criticou instituições com um alto índice de reprovações

Por Da Redação
Ás

Jerônimo diz que jamais teve intenção de promover aprovação em massa de alunos: 'nossa intenção é acolher'

Foto: Mateus Pereira/GOVBA

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, voltou a falar sobre a polêmica envolvendo a portaria 190, que estimula a aprovação dos estudantes, mesmo os que não frequentaram as aulas e não obtiveram êxito em todas as disciplinas.

Durante uma entrevista concedida a uma rádio local, o governador afirmou que jamais teve a intenção de realizar uma aprovação em massa de alunos da rede pública de ensino, mas sim promover uma educação "acolhedora e inclusiva".

"Eu sou pai, jamais iria concordar com uma ideia que prega a prática de abrir a porteira e aprovar todo mundo. O que eu luto é pela inclusão, é que a reprovação do aluno não seja uma ferramenta. Acredito que precisamos, antes disso, esgotar todas as tentativas para auxiliar o aluno, que muitas vezes apenas tem dificuldades durante o processo de aprendizado", afirmou o governador.

Jerônimo ainda criticou as instituições com um alto índice de reprovações e afirmou que isso precisa ser considerado um sinal de alerta. "Se alguma escola reprova muito, isso é um indicativo de que alguma coisa está errada, talvez com a metodologia, e isso precisa ser investigado", aponta o governador.

Aprovação automática

A portaria editada pelo governo estadual incentiva os professores da rede a aprovarem os estudantes, mesmo aqueles que não frequentaram as aulas ou não tiveram sucesso em todas as disciplinas. Publicada em 27 de janeiro deste ano, a medida é considerada pelo APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia como um estímulo para a "aprovação em massa" dos alunos.

Sobre isso, o governador fez questão de salientar que essa jamais foi a intenção da portaria. "Se houve algum equívoco no texto, alguma falha na gramática, não há problema, nós consertamos. O que importa é a intenção e a nossa intenção não é aprovar ninguém sem saber, é acolher", finaliza Jerônimo.

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