Juiz preso na Faroeste usava laranja em situação de extrema pobreza
Descoberta foi feita pelo MPF

Foto: Divulgação
Preso na Operação Faroeste, o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio usava um analfabeto como laranja para receber vantagens ilícitas dos membros da organização criminosa investigada pela Polícia Federal.
Segundo as investigações do MPF, o juiz utilizava contas bancárias em nome do operador para impedir o rastreio “da lucrativa tarefa criminosa de venda de decisões”.
Em diálogos interceptados pelo órgão, se ouviu o juiz pedir que os valores fossem depositados na conta de Ronilson.
A quebra de sigilo bancário revelou que Ronilson recebeu R$ 1,2 milhão em transferências bancárias das contas de outros dois investigados: Ricardo Augusto Tres e Walter Yukio Horita.
O MPF descobriu ainda que Ronilson reside em uma casa muito humilde, com apenas dois quartos, uma sala e uma cozinha, com poucos móveis. Na casa, residem cinco pessoas e a família vive “em situação de extrema pobreza”.