Julho "Amarelo" destaca a importância da prevenção e tratamento das Hepatites Virais
A Bahia ocupa o 7º lugar do país por Hepatite C e 8º por Hepatite B
Foto: Ascom
No mês de julho é realizada a campanha preventiva das Hepatites virais no Brasil. A medida foi adotada pelo Ministério da Saúde e pelo Comitê Estadual de Hepatites Virais.
Segundos dados de uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde (MS), a Bahia é o estado do Nordeste com maior número de mortes por Hepatite B, e entre os anos de 2000 e 2017 - foram constatados 256 casos de morte pela doença. Além disso, os números apontam ainda que, com relação ao tipo C, o gênero mais grave da doença, o estado fica em segundo lugar na região: foram 855 no mesmo período.
Em dados nacionais, o estado ocupa o 7º lugar do país por Hepatite C e 8º por Hepatite B. E de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), este ano já foram registradas 55 mortes por hepatites virais. Já no Brasil, são quase 600 mil casos por ano, de acordo com dados de 2018 do Ministério da Saúde.
As hepatites virais são infecções causadas por um vírus que agride o fígado, podendo levar a complicações como cirrose, câncer (hepatocarcinoma) e até ocasionar à morte. São conhecidos 5 vírus: A (HAV), B (HBV), C (HCV), D (HDV) e E (HEV), sendo que os tipos A B e C são os mais frequentes no Brasil.
Por ser uma enfermidade silenciosa, nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Seu diagnóstico é fundamental para instituir o tratamento. A constatação das hepatites B e C são realizados por meio do teste rápido, disponível nos serviços de saúde.
A hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos, quando o tratamento é seguido corretamente. As hepatites B e D têm tratamento e podem ser controladas, evitando a evolução para cirrose e câncer. Já a hepatite A, por ser uma doença aguda seu tratamento é baseado em dieta e repouso - geralmente melhora em algumas semanas e a pessoa adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção. Todas as hepatites virais devem ser acompanhadas pelos profissionais de saúde, pois as infecções podem se agravar.
Formas de contágio:
HEPATITE A (HAV)
• Principal via de contágio é a fecal-oral por meio de água e alimentos contaminados. Também tem sido identificado o contágio relacionado às práticas sexuais;
• Sua ocorrência está relacionada ao saneamento básico inadequado e condições de higiene precária.
HEPATITE B (HBV)
• A principal via de transmissão é a sexual (relação sexual desprotegida) mas pode ocorrer também por via parenteral (transfusão sanguínea, compartilhamento de agulhas e seringas, material de manicure, piercings, tatuagem, escova de dente, lâminas de barbear e demais instrumentos que cortam ou furam) e de mãe para filho na gestação e parto (transmissão vertical).
HEPATITE C (HCV)
• A principal via de transmissão da hepatite C é a via parenteral (transfusão sanguínea, compartilhamento de agulhas e seringas, material de manicure, piercings, tatuagem escova de dente, lâminas de barbear e demais instrumentos que cortam ou furam;
• São consideradas populações de maior risco para a infecção para a hepatite C: as pessoas que fizeram uso de transfusão se sangue e hemoderivados antes de 1993, usuários de drogas injetáveis, inaladas ou pipadas, pessoas com tatuagens e piercings e que compartilham instrumentos de uso pessoal (alicates, escova de dente).