Justiça cancela prisão de Roberto Dias, determinada pela CPI da Pandemia
Ex-diretor foi detido por suposto crime de perjúrio, a violação do juramento
Foto: Reprodução/R7
A Justiça Federal rescindiu a prisão do ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, concedida em sessão da CPI da Pandemia em julho. Ele havia sido detido por determinação do presidente do colegiado, o senador Omar Aziz (PSD-AM), que apontou que supostamente Dias cometeu perjúrio, a violação do juramento feito de dizer a verdade.
Conforme a decisão da 15ª Vara Federal do DF (Distrito Federal), foi declarada a nulidade do auto de prisão em flagrante e de outros atos subsequentes relativos à lavratura do auto de prisão pela Polícia Legislativa do Senado Federal. Dessa forma, a fiança paga pelo ex-diretor para ficar em liberdade, no valor de R$ 1.100, deve ser devolvida.
O ex-diretor foi criticado na CPI por causa das suas afirmações relacionadas ao encontro com o policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que segundo Dias ocorreu sem ser combinado em um restaurante de um shopping de Brasília, em fevereiro. Durante o encontro, foi feita uma proposta de 400 milhões de doses ao Ministério da Saúde por Dominghetti, que atuava como lobista para a empresa Davati Medical Supply.
A contratação não aconteceu, mas o caso começou a ser investigado pela CPI após o policial militar afirmar em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo" que Dias havia pedido propina. O caso ainda está em apuração.