Justiça do Trabalho lança robô para identificar casos de assédio eleitoral em processos
A ferramenta faz o monitoramento das petições iniciadas e alerta os casos de assédio eleitoral
Foto: Agência Brasil
A Justiça do Trabalho lançou nas últimas semanas o Painel de Monitoramento de Combate ao Assédio Eleitoral no Trabalho. A ferramenta faz o monitoramento das petições iniciadas e alerta os casos de assédio eleitoral. O robô foi criado em maio no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) e nacionalizado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). Essa é uma das principais ferramentas para combater o assédio eleitoral no ambiente de trabalho.
O sistema analisou mais de 885 mil petições nos últimos cinco meses. Ao total foram identificados cerca de 180 processos relacionados ao assédio nesse período eleitoral. Também é possível identificar os estados com mais casos e quantas ações foram protocoladas por mês. O robô foi planejado no Projeto Solaria que desenvolve tecnologias de automação para liberar os servidores de tarefas repetidas.
O ministro Lelio Bentes Corrêa, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e CSJT, evidenciou o papel da Justiça do Trabalho na proteção dos direitos dos trabalhadores no processo democrático, como o livre direito ao voto. “Uma ferramenta que não só aprimora a transparência e a eficiência no tratamento desses casos, mas também mostra à sociedade de que a Justiça do Trabalho está vigilante e pronta para agir contra qualquer forma de abuso que possa comprometer a liberdade e a equidade no ambiente de trabalho,” afirmou.
O assédio eleitoral é quando ocorre a coação, intimidação, ameaça, humilhação ou constrangimento do trabalhador(a) em um ambiente profissional com o objetivo de influenciar o voto. Também é configurado assédio quando ocorre distinção, exclusão ou preferência por um trabalhador devido à opinião política.