Justiça estabelece prazo de 48 horas para remoção de declaração de Genoino sobre judeus do Youtube
Em caso de não cumprimento, a empresa pode ser multada em R$ 100 mil
Foto: Aílton de Freitas
O desembargador Carlos Eduardo da Fonseca Passos, do TJ-RJ, estabeleceu um prazo de 48 horas para que o Google (Youtube) remova do ar um trecho de vídeo no qual o petista José Genoino declara em uma entrevista ao Diário do Centro do Mundo, em janeiro, que seria "interessante" boicotar empresas de judeus. Em caso de não cumprimento, a empresa pode ser multada em R$ 100 mil.
Durante a entrevista, Genoino afirmou que "essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos é uma forma interessante. Inclusive, tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus. Há, por exemplo, boicotes a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, acho que o Brasil deveria cortar relações comerciais na área de segurança e defesa com o estado de Israel".
O pedido de remoção foi feito pela Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro. Segundo o desembargador, o pedido foi aceito porque a "manutenção da declaração em plataforma gratuita de vídeo online é suscetível de gerar dano grave irreparável, dado o acesso livre e continuado por quantidade indeterminada de usuários a conteúdo ofensivo e discriminatório".
Na época das declarações, até a cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) repreendeu o ex-presidente da legenda, considerando um "erro" ele ter entrado em um tema tão polêmico como esse.