Justiça obriga Ufba a autorizar entrada de professor que não se vacinou contra a Covid-19
Docente do curso de Direito havia sido barrado por não ter se imunizado
Foto: Divulgação/Ufba
A Justiça obrigou a Universidade Federal da Bahia (Ufba), nesta quinta-feira (3), a permitir o acesso de um professor da Faculdade de Direito que não se vacinou contra a Covid-19. Ele havia sido barrado porque uma resolução da instituição de ensino determina que só está autorizada a entrada nas instalações e participação de atividades alunos, servidores e professores imunizados.
O juiz federal e professor Leonardo Paupério, no entanto, não concordou com a medida e entrou com uma petição para poder aplicar uma prova à turma presencialmente. O docente passou mais da metade do semestre ofertando aulas online por causa da limitação imposta pela Ufba.
No documento enviado à Justiça, o professor diz que não lecionou in loco "por não ter alternativa" e afirma ainda que está sendo "perseguido por alunos" e "por alguns professores comunistas" por ser o "único professor cristão e conservador da Ufba".
O Centro Acadêmico Ruy Barbosa (Carb), que representa os alunos do curso de Direito da Ufba, pediu a abertura de um processo disciplinar contra o professor, com possibilidade de demissão.
"O Carb tomou conhecimento, através de depoimentos de alunos, que o professor Leonardo Tochetto Paupério não havia comparecido na Faculdade de Direito da UFBA, desde o retorno às atividades presenciais", diz a representação.
No documento, os alunos afirmam também que, desde que a atual gestão assumiu o Carb, recebeu diversas reclamações em relação a Paupério, "desde suposta ausência de entrega de notas, até supostas falas discriminatórias em sala de aula".
Os alunos solicitaram ainda a exclusão do componente curricular da turma de Sociologia Jurídica, ministrada pelo professor, por "abandono funcional do docente".
