Kiki Bispo defende que a 'Justiça seja feita com direito ampla defesa' de Brazão
CCJ aprovou o parecer para a permanência da prisão do deputado
O vereador Kiki Bispo (União) defendeu que seja feita a ampla defesa de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou, por 39 votos a 25, a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O político foi detido em março após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
"A gente espera que a Justiça seja feita, que os rigores da Lei, respeitando ampla defesa, o direito do contraditório, até porque eu sou advogado, então eu vou prestar sempre por esses direitos, e do ponto de vista, seja ele penal, seja ele administrativo ou partidário, que se houver culpa de fato, que seja ele quem for, Brasão ou qualquer um que esteja cometendo um crime, que seja punido. Essa é a nossa expectativa, eu espero, essa é a forma que eu penso que possa vir a câmara, possa se posicionar sobre esse fato", disse.
O relator da análise da prisão de Chiquinho Brazão, deputado Darci de Matos (PSD-SC), defendeu que o acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) cometeu uma “obstrução continuada da Justiça” e, por isso, deve permanecer preso. A declaração aconteceu nesta quarta-feira (10) em sessão da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara.
Alguns deputados foram contrários a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão, sob o argumento de que a Constituição Federal não permite a prisão de deputados, salvo em casos de flagrante de crime inafiançável, o que eles afirmam não ter sido o caso, dado que o assassinato aconteceu em 2028.