Laboratório russo que armazena vírus erradicado do mundo explode na Sibéria
Em 2004, um funcionário havia morrido no local após ter contato com uma seringa com o vírus da ebola
Foto: Serviço de Imprensa do Ministério de Emergências da Rússia
O Centro Russo de Pesquisa em de Biotecnologia e Virologia (Vector) afirmou que ocorreu uma explosão nesta segunda-feira (16) em uma parte do laboratório da cidade de Novosibirsk, terceira maior cidade da Sibéria. O local armazenava amostras do vírus da varíola, erradicado do mundo desde 1980.
Em nota, o Vector conta que houve uma explosão de um cilindro de gás no 5º andar durante uma inspeção sanitária, que deixou um funcionário ferido. Segundo os russos o local não mantinha nenhum tipo de material biológico e a explosão não comprometeu a estrutura do prédio.
Contudo, não é costume a transparência nas noticias oficiais do governo russo. Em 1986, o núcleo de a Usina Nuclear de Chernoyl, que ficava em território soviético, explodiu espalhando radiação pelo ar de muitos países da Europa, enquanto os soviéticos afirmavam que não havia acontecido nada de grave no local.
Esse não é o primeiro acidente que acontece em Vector. Em 2004, um pesquisador morreu após contrair o vírus do ebola ao se contaminar com uma seringa. Na época, o governo disse que esta teria sido a única morte causada pela doença no país.
A varíola foi declarada erradicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1980 tendo o último foco combatido na Somália. A doença matou cerca de 800 milhões de pessoas em oito décadas de existência e é considerada uma das piores doenças infecciosas já vistas, segundo a Fundação Oswaldo Cruz.
