Lacunas para se preencher

Confira nosso editorial desta segunda-feira (26)

Por Da Redação
Ás

Lacunas para se preencher

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Um recente estudo do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp) tratou de um assunto recorrente neste momento da pandemia da Covid-19 e, portanto, pulverizar a pesquisa é uma utilidade pública de primeira grandeza, afinal, o resultado liga um sinal de alerta diante deste processo de imunização/dinâmica de transmissão.

Por isso, vale destacar – primeiro – a sua conclusão: dois surtos de transmissão da variante Alfa do novo coronavírus mostram que mesmo as pessoas vacinadas podem transmitir o vírus e desenvolver Covid-19, no entanto, a vacinação previne casos graves.

Os pesquisadores testaram sequenciamento genético das cepas que contaminaram moradores e funcionários de duas casas de repouso de Campinas, no interior paulista. Os infectados, com média de idade acima de 70 anos, tomaram uma dose da vacina da AstraZeneca ou as duas da CoronaVac. 

Segundo a Agência Fapesp, que divulgou o estudo, houve um único óbito, de uma pessoa de 84 com comorbidade. 

Em resumo, os resultados mostram que pessoas que foram vacinadas podem se infectar com a variante alfa e, independentemente de ter a doença ou não, transmitir o vírus a quem ainda não foi vacinado. 

Isso é preocupante porque pode gerar um gargalo de seleção para linhagens que podem voltar a causar a doença mesmo em pessoas vacinadas, e isso é o próprio grupo de pesquisadores que relataram na conclusão. 

Além disso, é mais um estudo, assim como um da Universidade de Oxford, divulgado em abril, atestando que a variante Alfa pode infectar mesmo os imunizados com as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca.

O estudo ressalta, no entanto, uma dinâmica de transmissão sustentada do vírus. Os surtos foram contidos por conta de um diagnóstico rápido e o isolamento imediato dos infectados. São observações importantes, mas fica um alerta quanto à dinâmica da vacinação, mostrando gargalos que toda a comunidade científica ainda precisa preencher para avançar no assunto.

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