Leo Prates apela ao Governo Federal para antecipação da campanha de vacinação contra gripe em Salvador
Secretario acredita que medida pode ajudar a não sobrecarregar o sistema de saúde
Foto: Gilberto Junior /Farol da Bahia
O Secretário Municipal da Saúde, Leo Prates, solicitou ao Ministério da Saúde – Governo Federal – a antecipação da campanha de vacinação contra o vírus da influenza (gripe) em Salvador. “Certo de que o atual cenário vivido em Salvador no enfrentamento à pandemia da Covid-19 exige a adoção de amplas medidas cada vez mais assertivas por parte dos gestores envolvidos na saúde, decidi apelar ao Governo Federal pela antecipação do início da campanha de vacinação contra gripe/influenza na cidade”, revelou.
De acordo com o gestor, os argumentos apresentados são práticos e trazem impactos operacionais e na rede assistencial. “Primeiramente, para receber as doses contra o coronavírus e a influenza é necessário um intervalo mínimo de 14 dias entre elas. Atualmente, as equipes de imunização necessitam fazer o controle das especificidades das múltiplas marcas de imunizantes utilizados na estratégia da Covid-19, bem como, os prazos variados para aplicação das doses de reforço. Agregar mais um parâmetro onde o vacinado deve aguardar mais um período para iniciar a proteção para gripe, tornaria esse processo ainda mais complexo”, explicou.
A antecipação do início da campanha contra a influenza assegura um melhor planejamento dessas ações. Para isso, a vacinação será iniciada no sentido contrário à imunização da Covid-19, começando com os idosos de 60 a 74 anos. “Isso nos daria mais tranquilidade no controle dos prazos. Precisamos levar também em consideração que a campanha contra gripe requer uma mega estrutura, já que é aberta de uma única vez para um público alvo maior do que o disponibilizado pela Covid-19 até o momento”, salienta.
No ano passado foram vacinados mais de 870 mil indivíduos na capital, sendo que cerca de 312 mil eram idosos. A antecipação da vacinação da gripe auxilia na montagem de um esquema maior, “uma vez que a imunização do coronavírus ainda acontece de maneira mais lenta e fracionada”, justifica o titular da pasta.
Outro impacto positivo dessa medida, segundo Prates, está ligado na redução da pressão sofrida pela rede de assistência. A partir de abril, o número de casos de gripe começa a crescer com maior intensidade na cidade. Somente em 2020, 135 episódios confirmados de influenza foram notificados, sendo que 09 pacientes evoluíram para óbito. “É importante destacar que o crescimento de pacientes com sintomas gripais e com necessidade de suporte de leitos respiratórios trará mais instabilidade ao sistema público de saúde que já está à beira do colapso”, finaliza.