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Licínio Januário: o ator angolano que conquistou o público brasileiro reflete sobre identidade e representatividade no Mês da Consciência Negra!

Ator detalha a sua participação no filme que irá representar o Brasil na maior cerimônia do cinema mundial

Por Michel Telles
Às

Atualizado
Licínio Januário: o ator angolano que conquistou o público brasileiro reflete sobre identidade e representatividade no Mês da Consciência Negra!

Foto: @quemcalanãodorme

O talentoso ator e roteirista angolano Licínio Januário vem se consolidando como um dos nomes mais emblemáticos da nova geração do audiovisual. Reconhecido por sua presença intensa nas telas e por sua entrega em personagens complexos, ele conquistou o público em Vale Tudo e segue em destaque em produções como O Agente Secreto que estreia em novembro e Vermelho Sangue, série renovada para a segunda temporada.                   Licínio tem uma trajetória que atravessa fronteiras. Nascido em Angola e radicado no Brasil, o ator construiu uma carreira marcada pelo diálogo entre culturas e pela busca constante por narrativas que valorizem as múltiplas experiências da população negra. Seu trabalho reflete um olhar sobre o Brasil que vem de dentro, mas também de fora, de quem observa as semelhanças e contradições entre dois países unidos por laços históricos, linguísticos e afetivos.

“Ser um artista angolano no Brasil é um exercício de escuta e troca. Eu não venho para representar uma ideia de África, mas para lembrar que há muitas Áfricas, muitas histórias e muitas formas de existir sendo negro. O Brasil me deu o espaço que eu precisava, mas também me deu um lugar para me enxergar e me transformar”, afirma o ator. 

No Mês da Consciência Negra, a presença de um artista como Licínio no audiovisual brasileiro reforça a importância da representatividade preta nas telas. Sua trajetória mostra que Brasil e Angola compartilham não apenas uma língua, mas histórias de resistência, ancestralidade e reinvenção. Para muitos espectadores, ver um ator angolano protagonizando produções nacionais é enxergar uma ponte entre continentes e uma valorização concreta das identidades negras globais.

Além de ator, Licínio é fundador da Wolo, produtora voltada à criação e desenvolvimento de projetos audiovisuais que exploram temas como identidade, diáspora e ancestralidade africana. Através dela, busca fortalecer produções que rompem estereótipos e ampliam a presença de pessoas negras em todas as etapas da criação audiovisual, da concepção à direção.

Sua trajetória também dialoga com um novo momento do audiovisual brasileiro, mais aberto a narrativas diversas e a profissionais de diferentes origens. Com uma geração de cineastas, roteiristas e atores negros ocupando espaços antes inacessíveis, Licínio representa uma síntese desse movimento: um artista que cruza bravamente o oceano das dificuldades para afirmar que a negritude é múltipla, transnacional e viva.

“A arte tem sido o meu território de encontro. Quando estou de frente a câmera, carrego a minha história e as vozes de muitos que vieram antes de mim. Essa representatividade é um ato genuíno responsabilidade nas camadas mais profundas do que é ser negro. Quero que o público se reconheça e se veja com orgulho em todas as suas pluralidades” completa.

Entre novos projetos e gravações, Licínio se prepara para uma nova fase da carreira, com produções que devem estrear em 2026, incluindo colaborações internacionais. Enquanto isso, segue inspirando novas gerações a reconhecerem a força e a beleza da identidade negra em toda a sua amplitude.

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