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"Do jeitinho à versatilidade": atriz e autora Jéssica Dorneles revela como o talento brasileiro virou diferencial global!

A artista lança estudo que analisa como o "jeitinho brasileiro" deixou de ser improviso para se tornar uma competência criativa admirada nos Estados Unidos.

Por Michel Telles
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"Do jeitinho à versatilidade": atriz e autora Jéssica Dorneles revela como o talento brasileiro virou diferencial global!

Foto: Divulgação

A atriz e autora Jéssica Dorneles acaba de apresentar uma reflexão poderosa sobre o futuro da arte e da formação de artistas brasileiros no cenário global. Em seu artigo “Do jeitinho à versatilidade: como a multicarreira no Brasil prepara artistas para o mercado americano”, publicado na revista Inter-Ação (v.50, n.2, 2025), Dornelez propõe um novo olhar sobre a jornada do artista nacional: aquele que se reinventa, se multiplica e transforma a escassez em potência criativa.

Com base em autores como Pierre Bourdieu, Paulo Freire e Anthony Giddens, Jéssica mergulha em uma análise que atravessa o campo teórico e o cotidiano artístico. O estudo mostra que a chamada multicarreira — o ato de ser ator, produtor, roteirista, comunicador e gestor de si mesmo — não é apenas um reflexo da falta de recursos, mas uma estratégia de sobrevivência e inovação cultural.

“O ‘jeitinho brasileiro’ deixou de ser sinônimo de improviso e virou uma competência criativa que o mundo admira. É uma inteligência que nasce do cotidiano, da necessidade de fazer muito com pouco — e isso forma artistas preparados para qualquer mercado”, destaca Jéssica Dorneles.

A pesquisa aponta que essa adaptabilidade, construída fora dos circuitos formais e marcada pela coletividade, é o que faz com que artistas brasileiros se destaquem em mercados exigentes como o norte-americano. Casos como Rodrigo Santoro, Wagner Moura e Alice Braga são analisados como exemplos de carreiras híbridas que transformaram a adversidade em diferencial competitivo.

De acordo com Jéssica, a formação artística no Brasil é, por essência, plural e inventiva, e isso molda profissionais altamente valorizados em contextos internacionais. “Enquanto lá fora essa versatilidade é chamada de soft skill, aqui ela é parte da nossa identidade cultural. É o nosso talento de criar soluções criativas com alma, afeto e propósito”, completa a autora.

Mais do que uma pesquisa acadêmica, o trabalho de Dornelez é um manifesto sobre a potência da arte brasileira e um convite para repensar políticas culturais que ainda desvalorizam as formações híbridas e não formais.

O artigo está disponível na íntegra na plataforma da Inter-Ação, com DOI: http://dx.doi.org/10.5216/ia.v50i2.83092.

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