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Líder nacional do MST avalia como "erro" invasão à Embrapa em Pernambuco

Stédile ressalta autonomia dos acampamentos e destaca problemas fundiários na região

Por Da Redação
Ás

Líder nacional do MST avalia como "erro" invasão à Embrapa em Pernambuco

Foto: Myke Sena/Câmara dos Deputados

Em seu depoimento à CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, um dos líderes nacionais do movimento, reconheceu, nessa terça-feira (15), que a invasão das terras da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Pernambuco, foi um "erro". No entanto, ele destacou que cada acampamento do MST possui autonomia para tomar suas decisões.  

Ele mencionou que os membros do movimento invadiram a Embrapa com o objetivo de chamar a atenção da opinião pública e ressaltou que o evento atingiu esse propósito.

O líder do MST apontou que existe uma situação delicada na região, com cerca de 40 mil hectares de terras públicas de um lado e 8 mil famílias acampadas do outro. Disse ainda que as famílias têm autonomia para agir, reforçando que cada acampamento decide suas ações de forma independente.

Stédile reconheceu que, embora haja momentos de excesso ou erro por parte dos acampamentos, eles possuem o direito de tomar decisões. Ele afirmou que nenhuma instância nacional havia determinado que a invasão deveria ocorrer.

A ocupação das áreas da Embrapa pelo MST aconteceu no final de julho, no Sertão de Pernambuco. Foi a segunda vez que o movimento invadiu as instalações em Petrolina. Na época, o MST argumentou que o governo federal não havia cumprido um acordo para assentar 900 famílias na região.

A área invadida, conhecida como "Embrapa Semente Básica", anteriormente era utilizada para pesquisa de sementes e mudas básicas. De acordo com a chefe-geral da Embrapa, Maria Auxiliadora Coelho de Lima, a área ainda tem uso produtivo para pesquisas sobre espécies nativas da caatinga.

O depoimento de Stédile é um dos últimos previstos para a CPI do MST. O relator da comissão, Ricardo Salles (PL-SP), sinalizou que os trabalhos não devem ser prorrogados, com o término oficial previsto para 14 de setembro. Salles afirmou que a decisão foi tomada após manobras que reduziram a influência da oposição ao governo na CPI, incluindo a substituição de integrantes do Centrão no colegiado e a anulação da convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
 

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