Lira entra com ação para remover do YouTube programa com reportagens críticas a ele
Informação é do colunista Chico Alves, do portal UOL
Foto: Agência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), entrou com uma ação na 24ª Vara Cível de Brasília com o objetivo de remover do YouTube vídeos do programa ICL Notícias que contenham reportagens, entrevistas e comentários críticos direcionados a ele. Além disso, o parlamentar requer uma indenização de R$ 300 mil por danos morais. A informação é do colunista Chico Alves, do portal UOL.
O processo tem como base o conteúdo veiculado em 6 de junho, no qual foram feitos comentários sobre a acusação de suposto recebimento de R$ 106.000,00 em propina por meio de um assessor, denúncias de envolvimento de um auxiliar de Lira na aquisição superfaturada de kits robótica para escolas de Alagoas, e uma entrevista com sua ex-mulher, Jullyene Lira, que o acusa de diversos crimes.
Segundo o portal, o juiz negou o pedido de Lira para que o processo corresse em sigilo e também para a retirada imediata dos vídeos do YouTube, alegando que uma decisão sumária poderia constituir "censura à liberdade de imprensa". O mérito do caso ainda não foi julgado.
Eduardo Moreira, responsável pela Editora Conhecimento Liberta, empresa que produz o ICL Notícias, expressou sua indignação em uma entrevista à coluna, afirmando: "Não há dúvidas, trata-se de covarde e vergonhosa censura", disse. "É inaceitável o chefe de um dos três poderes de uma República dita democrática tentar calar um canal de informações via pressão política e jurídica", completou.
Um abaixo-assinado começou a circular entre os seguidores do ICL Notícias, defendendo a liberdade de imprensa. O texto critica a tentativa de Arthur Lira de penalizar judicialmente a empresa responsável pelo programa noticioso.