Lista parcial da CPI da Bahia mostra que base de Rui Costa está fugindo do voto

Após a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Rio Grande do Norte pedir o indiciamento do governador Rui Costa (PT) e de mais 11 pessoas, entre servidores do Consórcio Nordeste, intermediadores e empresários pela compra frustrada de 300 respiradores, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa (AL-BA) começou a coletar assinaturas na tentativa de emplacar uma nova CPI na Bahia.

Até o momento, apenas 14 parlamentares baianos assinaram concordando com a abertura da CPI na Bahia. São sete nomes a menos do que é necessário para que a comissão seja implementada. Já assinaram concordando com a investigação.

- Paulo Câmara (PSDB)
- Sandro Régis (DEM)
- Luciano Simões (DEM)
- Robinho (PP)
- Carlos Geilson (PSDB)
- Talita Oliveira (PSL)
- Tiago Correia (PSDB)
- Laerte do Vando (PSC)
- Capitão Alden (PSL)
- Soldado Prisco (PSC)
- José de Arimateia (PRB)
- Jurailton Santos (Republicanos)
- Kátia Oliveira (MDB)
- Tom Araújo (DEM).

Além destes nomes, Hilton Coelho (PSOL), da base de Rui, e Alan Sanches (DEM), figuram na lista dos indecisos e podem assinar o requerimento para a abertura da CPI.

Apesar de ainda não ter assinado concordando com a abertura da CPI, Sanches afirmou que a comissão, se aberta, pode trazer à tona um “golpe”, em alusão a compra dos 300 respiradores sob responsabilidade do então presidente do Consórcio Nordeste, Rui Costa.

O parlamentar acredita que a população precisa de uma explicação sobre o caso. “Esperamos que a CPI da pandemia desvende todo esse quebra cabeça e puna os culpados pelo desvio de dinheiro público em plena crise sanitária, com mais de 500 mil brasileiros mortos, mas, infelizmente, gestores e empresários tiram proveito de contratos, aproveitando-se da miséria de muitos”, concluiu o parlamentar.

A deputada Talita Oliveira também cobra uma explicação sobre a compra frustrada dos respiradores e do prejuzo de 48,7 milhões. Em maio deste ano, ela já questionava a CPI da Covid sobre o caso. "A CPI mira a compra mal sucedida de respiradores pelo Consórcio do Nordeste, gerido, à época, por Rui Costa, do PT. A irresponsabilidade de depositar milhões antecipados a uma empresa que comercializa medicamentos à base de maconha custou caro", escreveu à época em uma rede social.

O proposto pelo próprio Rui Costa, antes da CPI implementada no Rio Grande do Norte, disse em video que aceitaria investigação para provar que "não tem rabo preso com ninguém" e que quer investigação para o "retorno do dinheiro público" à Bahia e demais estados.  

Mesmo assim, parlamentares que apoiam o governo do petista se recusaram a assinar a lista para instaurar a CPI e esclarecer ao povo da Bahia onde foi parar o montante desviado de bens públicos. São eles: 

-Aderbal Caldas (PP)
-Adolfo Menezes (PSD)
-Alan Castro (PSD)
-Alex da Piatã    (PSD)
-Alex LimA (PSB)
- ngelo Almeida (PSB)
-Antônio Henrique Júnior (PP)
-Bira Coroa Lula (PT)
-Bobô (PC do B)
-Carlos Ubaldino (PSD)
-Diego Coronel (PSD)
-Eduardo Alencar (PSD)
-Eduardo Salles (PP)
-Euclides Fernandes (PDT)
-Fabíola Mansur (PSB)
-Fabrício Falcão (PC do B)
-Fátima Nunes Lula ( PT)
-Ivana Bastos (PSD)
-Jacó Lula da Silva (PT)
-Júnior Muniz (PP)
-Jurandy Oliveira (PP)
-Jusmari Oliveira (PSD)
-Luiz Augusto (PP)
-Marcelinho Veiga (PSB)
-Marcelino Galo (PT)
-Maria del Carmen Lula (PT)
-Marquinho Viana (PSB)
-Neusa Lula Cadore (PT)
-Niltinho (PP)
-Olívia Santana (PC do B)
-Osni Cardoso (PT)
-Paulo Rangel (PT)
-Reinaldo Braga (PL)
-Roberto Carlos (PDT)
-Robinson Almeida  (PT)
-Rogério Andrade Filho (PSD)
-Rosemberg Pinto (PT)
-Vitor Bonfim (PL)
-Zé Raimundo  (PT)
-Zó (PC do B)

No início da pandemia, o Consórcio Nordeste realizou a compra de 300 respiradores, que nunca foram entregues. O trâmite custou R$ 48,7 milhões aos cofres dos nove estados da região.