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Luciano Hang diz à CPI que já requisitou linha de crédito junto ao BNDES

Depoimento é retomado no início da tarde após 45 minutos suspenso por tumulto

Por Da Redação
Ás

Luciano Hang diz à CPI que já requisitou linha de crédito junto ao BNDES

Foto: Reprodução

O empresário Luciano Hang disse nesta terça-feira (29), durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que a rede de lojas dele já requisitou linha de crédito subsidiada junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para compra de máquinas. Além disso, ele afirmou que pode ter recebido outros subsídios da União ou de governos estaduais e municipais, mas que não saberia precisar especificamente por possuir 164 lojas em 35 anos de atuação. Luciano Hang é dono da rede Havan.

Na ocasião, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), interveio para informar sobre o recebimento de um documento do próprio BNDES que confirma a concessão de financiamento ao empresário no valor de R$ 27 milhões. Ao ser questionado pelo relator se promoveu algum site propagador de fake news para monetizá-lo, ele informou que a empresa investe, por ano, R$ 250 milhões em propaganda. Segundo Hang, o investimento foi direcionado pelo próprio Google e que a plataforma teria a autonomia “de colocar a propaganda onde ela quiser”.

A sessão desta terça começou tumultuada e se manteve tensa durante todo o tempo até a suspensão. Primeiramente, o empresário irritou a CPI ao levar placas com dizeres como: "Não me deixam falar". Na sequência, Omar Aziz pediu para que as placas fossem retiradas e suspendeu a sessão. O presidente da comissão também pediu que um advogado de Hang, que se envolveu em discussão com o senador Rogério Carvalho (PT-SE), deixasse a sessão.

Contudo, após a retomada da sessão, o advogado Murilo Varasquim, que representa Luciano Hang, pediu desculpas ao senador Rogério Carvalho e pediu para continuar acompanhando o depoimento do empresário. “Peço desculpas. Creio que tenha havido um mal-entendido. Jamais houve intenção desta defesa em lhe ofender. Em razão disso, peço reconsideração da minha retirada da sessão. Pretendo continuar na defesa e mais uma vez peço desculpas”, disse Varasquim.

Rogério Carvalho pediu que o advogado não volte a interferir no pronunciamento dos senadores. “Peço que a defesa se dirija exclusivamente ao seu paciente. Que não se dirija e não interfira no momento em que o parlamentar estiver com a palavra. Quando um parlamentar está se manifestando, não há nenhuma interrupção de nenhuma forma. Espero que isso não volte a acontecer”, afirmou.

Omar Aziz reconsiderou a decisão e manteve os dois advogados de Luciano Hang na sala. Mas avisou que, caso volte a interferir indevidamente no pronunciamento dos parlamentares, o defensor será retirado do depoimento. “Eu mesmo tomarei a decisão se esse fato acontecer novamente. Não adianta nem questionar minha decisão. Vou aceitar as desculpas. Fazer autocrítica faz parte do ser humano. Aqui, vou tentar de todas as formas que nenhum senador seja desrespeitado”,  disse Omar.

Antes da interrupção da reunião, senadores reclamaram que o depoente não está se restringindo a responder aos questionamentos do relator. Eles também afirmaram que Luciano Hang estaria usando o espaço para “propaganda política” ou divulgação de suas lojas. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) levantou questão de ordem para que o empresário cumpra o Código de Processo Penal e se limite a responder ao que é perguntado pelo relator. Senadores governistas contestaram e afirmaram que Hang deve poder usar o tempo para se defender fazendo contextualizações que tenham a ver com o assunto do questionamento.   


 

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