Lula coloca em dúvida candidatura de Gusttavo Lima e Pablo Marçal à Presidência
Petista disse ainda que é cedo para lançar nomes na disputa e falar de pesquisa
Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta quinta-feira (6), durante entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, que as candidaturas do cantor Gusttavo Lima e do ex-coach Pablo Marçal à Presidência podem não se confirmar. Ele também considerou prematuro o lançamento de nomes para a disputa e minimizou o desempenho da dupla nas pesquisas de intenção de voto.
“Ninguém é candidato com tanto tempo de antecedência. As pessoas colocam seu nome, mas o povo não é bobo e vota em quem vai lutar pelos seus interesses. Estou consciente de que as eleições estão muito longe e é cedo para fazer previsões sobre quem vai ganhar ou perder. Se depender de mim, o negacionismo nunca mais governará”, afirmou Lula.
“[...] Estamos longe do processo eleitoral para discutir pesquisas. Se vai ganhar, perder, se é rejeitado ou aceito. Precisamos dar tempo ao tempo, porque a pesquisa de verdade começa a fazer efeito a partir do momento em que a campanha começa e as pessoas vão para a televisão fazer debate”, completou.
A mais recente pesquisa da Quaest indicou que, em um cenário no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continue inelegível, um dos candidatos mais competitivos contra Lula é o cantor Gusttavo Lima.
Segundo o levantamento, o petista tem 30% dos votos. Na sequência aparecem o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), com (13%); Gusttavo Lima, com 12%; e Pablo Marçal (PRTB), com 11%.
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Sem citar nomes, Lula criticou candidatos que não respeitam a democracia e alertou que o sistema passa por momentos delicados em todo o mundo.
"A democracia está perdendo espaço para o extremismo. As pessoas não falam nada com nada, não têm qualquer tipo de respeito às instituições. É o negacionismo levado à quinta potência. Esse é o tipo de coisa que a gente vai ter que destruir, porque não existe a possibilidade de fazer um governo que atenda os interesses da sociedade brasileira ou de qualquer lugar do mundo se a gente não tiver um regime democrático", reforçou.