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Lula critica invasões de Gaza e Ucrânia e ataca sanções unilaterais em novo discurso no G20

Para o presidente, o neoliberalismo tem alimentado o ódio e ameaçado a democracia

Por Da Redação
Ás

Lula critica invasões de Gaza e Ucrânia e ataca sanções unilaterais em novo discurso no G20

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou na tarde desta segunda-feira (18), durante o segundo discurso do dia na reunião de cúpula do G20, as invasões da Faixa de Gaza e da Ucrânia, além de atacar as sanções unilaterais impostas aos países.

"Do Iraque à Ucrânia, da Bósnia à Gaza, consolida-se a percepção de que nem todo território merece ter sua integridade respeitada, e nem toda vida tem o mesmo valor. Intervenções desastrosas subverteram a ordem no Afeganistão e na Líbia, enquanto a indiferença relegou o Sudão e o Haiti ao esquecimento. As sanções unilaterais geram sofrimento e atingem os mais vulneráveis", afirmou o presidente brasileiro.

Leia também: Na abertura da Cúpula do G20, Lula critica investimento em guerras e cobra ações de combate à fome

Lula também afirmou que as desigualdades econômicas geradas, segundo ele, pelo neoliberalismo têm alimentado o ódio e ameaçado a democracia.

"Não é surpresa que a desigualdade fomente o ódio, o extremismo e a violência, nem que a democracia esteja sob ameaça. A globalização neoliberal fracassou. Em meio às crescentes turbulências, a comunidade internacional parece resignada a navegar sem rumo por disputas hegemônicas”, disse.

“Permanecemos à deriva, como se arrastados por uma torrente que nos empurra para uma tragédia. Mas o confronto não é uma fatalidade. Negar isso é abrir mão de nossa responsabilidade", completou.

Para o Brasil, que atualmente preside o G20, o encontro deste ano deveria focar nas medidas de combate à fome no mundo. No entanto, a maioria dos líderes mundiais, especialmente os europeus, busca usar a cúpula para discutir as ações da Rússia contra a Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, que enfrenta um mandado de prisão internacional por crimes de guerra, não compareceu ao evento.

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