Lula elegível se torna assunto do dia nas redes
Decisão de Fachin também repercutiu no Congresso Nacional
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A decisão que permite que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa se candidatar a qualquer cargo eletivo - inclusive à presidência da República - figurou entre os mais comentados nas redes sociais. Os assuntos mais citados na tarde desta segunda (8) são #Lula, #Moro, #Ciro, #GrandeDia, #STFVergonhaNacional, #Lulinha, #OPaiTaOn, todas com referência à decisão.
De um lado, pessoas comemorando a possibilidade de Lula poder enfrentar Jair Bolsonaro em 2022. De outro, lamentando a decisão judicial que traz instabilidade ao país. A decisão também repercutiu imediatamente no Congresso Nacional entre os presidentes das duas Casas. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) sugeriu nas nas redes sociais que Lula "merece" a revisão do processo. "Estava em dúvida se a decisão foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!", escreveu. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-GO), preferiu se abster. “Não vou comentar decisão judicial do Supremo Tribunal Federal em caso concreto, cujos elementos jurídicos desconheço.”
Os deputados federais também comentaram. Waldenor Pereira (PT-BA) escreveu que, na avaliação dele, a justiça estaria finalmente sendo feita. "Fachin acaba de anular todos os processos da Lava Jato envolvendo o presidente Lula, tornando-o, assim, elegível novamente", colocou. Em linhas gerais, deputados petistas comemoram a decisão, que pode ser questionada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e ter que ser analisada por todos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), já que a suspensão foi feita monocraticamente por Edson Fachin.
Nesta segunda (8), o ministro Fachin, anulou a condenação dada pela Justiça do Paraná a Lula nos casos do Triplex do Guarujá, do Sítio de Atibaia e do Instituto Lula. Por nota, o ministro registrou ter entendido que a 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba não era o juízo competente para processar e julgar Lula, sendo assim, Fachin ordenou que os casos sejam reiniciados na Justiça Federal do Distrito Federal. A decisão do ministro foi tomada em atendimento a um pedido de habeas corpus formulado pela defesa em 3 de novembro de 2020 e não trata do mérito dos processos. De toda forma, com a decisão Lula não está mais enquadrado na Lei da Ficha Limpa e pode se candidatar à presidência em 2022, por exemplo.