Lula nega que acordo com Mercosul e UE tenha regredido e reafirma que ''o Brasil está pronto para assinar''

O presidente Lula em encontro com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, nesta segunda-feira (06), negou que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) tenha regredido, e reafirmou que o Brasil está ''pronto para assinar'' os termos. Sánchez também defendeu o acordo e disse que há um ''dever''' de concluir a negociação.

A proposta de acordo está sendo negociada há mais de duas décadas, e passou por uma série de revisões e exigências ao longo dos últimos anos, se aproximando de uma conclusão no ano passado. No entanto, a UE tem sofrido pressão de agricultores, em sua maioria franceses, com o argumento de que haveria uma ''concorrência desleal'' com a entrada de mercadorias de países como o Brasil.

Ainda nesta quarta, Lula disse que tanto a UE como o Mercosul precisam deste acordo, e lamentou o fato de não ser assinado no segundo semestre de 2023 quando ele presidia o Mercosul e Sanchez comandava o grupo europeu.

"Nós ainda vamos assinar esse acordo para o bem do Mercosul e para o bem da União Europeia. A União Europeia precisa desse acordo. O Brasil precisa desse acordo. Não é mais uma questão de querer ou não querer, de gostar ou não gostar. Precisamos politicamente, economicamente e geograficamente fazer esse acordo, precisamos dar um sinal para o mundo de que queremos andar para frente. Por isso estou otimista", disse Lula.