Lula pede que mandatários da Rússia e Ucrânia 'baixem as armas' e façam negociação pacífica

Provável candidato à Presidência da República nas eleições deste ano, o ex-presidente Lula (PT) fez um apelo para que as partes envolvidas na guerra entre a Rússia e a Ucrânia negociem o conflito de forma pacífica.

"Governantes, baixem as armas, sentem na mesa de negociação, e encontrem a solução para o problema que levou vocês ao começo de uma guerra. O mundo precisa de comida, de emprego, de educação, o mundo precisa com que as pessoas sejam tratadas com respeito. O mundo precisa que 900 milhões de pessoas que passam fome possam comer, e não de guerra", disse.

A declaração ocorreu na quarta-feira (2), durante assembleia do partido progressista Morena, na Cidade do México. Na ocasião, Lula pediu que a plateia ficasse de pé em um "gesto" aos presidentes Joe Biden (EUA), Vladimir Putin (Rússia), Volodymyr Zelensky (Ucrânia), além dos demais mandatários europeus.

O petista também citou que o Brasil foi contra a “obsessão” do ex-presidente americano George W. Bush em capitanear uma guerra contra o Iraque, após o atentado da Al Qaeda às Torres Gêmeas, em 2001. Lula defendeu que, caso Putin tivesse pedido para que o Brasil apoiasse a invasão à Ucrânia, o país também teria sido contra.

Também na quarta-feira (2), a Assembleia Geral da ONU aprovou, com o voto do Brasil, a resolução que condena a invasão russa na Ucrânia. Apesar do posicionamento oficial do país nas Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem evitado se posicionar sobre o conflito no leste europeu.