Lula (PT) pode ser prejudicado pela abstenção no segundo turno
Há uma tendência maior de faltosos em áreas predominantemente petistas

Foto: Agência Brasil
O nível de abstenção deve ser fator decisivo para garantir ou não a presidência no segundo turno. Com 20,95% de eleitores faltosos no último dia 2, a abstenção voltou a assumir um papel central nas discussões sobre o segundo turno: tanto aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto os do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), lançam mão de campanhas para motivar seus eleitores a irem às urnas.
A pesquisa GLOBO desta sexta-feira (7) reforça que Luiz Inácio Lula (PT) pode ser prejudicado pela abstenção.
De acordo com os resultados por município nas eleições do último domingo. Em geral, quanto maior o número de votos de Lula em uma cidade, maior costuma ser o índice de abstenção do eleitorado. Em outras palavras, há uma tendência maior de faltosos em áreas predominantemente petistas. Em relação a Bolsonaro, o efeito foi o inverso: o presidente foi melhor em regiões que compareceram bem às urnas.
A análise dos resultados deste ano, entretanto, revela que a ligação entre abstenção e voto não é tão direta e, principalmente, não é uniforme em todo o território nacional: em alguns estados, Bolsonaro foi prejudicado pela abstenção, como em Mato Grosso, no Pará ou em Roraima. Entre os maiores colégios eleitorais, Lula é prejudicado pela abstenção em Minas Gerais, mas o efeito na Bahia ou em São Paulo é praticamente imperceptível.