Macron abre mão de futura aposentadoria como ex-presidente da França
Mandatário francês é o primeiro do país a rejeitar o benefício
Foto: Agência Brasil
Segundo uma informação divulgada neste sábado (21) pelo Palácio do Eliseu, o presidente da França, Emmanuel Macron, não irá receber, por opção própria, a aposentadoria que teria direito no fim de seu mandato com ex-chefe de Estado. A decisão ocorreu em meio a protestos e uma greve que paralisa o país há mais de duas semanas, contra a proposta de reforma da Previdência anunciada pelo governo.
A lei que Macron se beneficiaria é de 1955 e estabelece que presidentes do país têm direito a receber uma aposentadoria vitalícia após deixar o cargo. O valor desta pensão é equivalente ao salário de um conselheiro estadual, cerca de 6,2 mil euros brutos por mês, aproximadamente R$ 28,2 mil.
O mandatário francês teria direito a receber essa quantia no fim do seu atual mandato, em maio de 2022, com 44 anos, ou caso fosse reeleito, ao encerrar seu segundo governo em 2027, como 49 anos. Macron é o primeiro presidente da França a renunciar a essa aposentadoria vitalícia, segundo o jornal francês Le Parisien, que noticiou com exclusividade a decisão do presidente.
O governo pretende ainda extinguir esse benefício. A mudança nesta lei entraria na atual proposta de reforma da Previdência.