Mãe de Leonardo Da Vinci era escrava, aponta pesquisador

Informações estão no livro Il Sorriso di Caterina

Por Da Redação
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Mãe de Leonardo Da Vinci era escrava, aponta pesquisador

Foto: Reprodução

A mãe de Leonardo Da Vinci (1452-1519), Caterina di Meo Lippi, foi uma escrava durante vários anos de sua vida. A liberdade foi assinada pelo pai de Da Vinci, Piero Da Vinci. As informações são do livro Il Sorriso di Caterina, do pesquisador Carlo Vecce, apresentado nesta terça-feira (14). 

Segundo Vecce, “ato de libertação de escravidão” foi encontrado no Arquivo de Estado de Florença. Ele afirma que sua pesquisa começou porque rumores de que a mãe do gênio era escrava estavam sendo divulgados.

A liberdade da jovem foi dada quase sete meses após o nascimento de Da Vinci, em 2 de novembro de 1452 - o menino havia nascido em 15 de abril.

“Um pouco por acaso, há alguns anos, surgiram esses novos documentos e comecei a estudá-los para mostrar que essa Caterina escrava não era a mãe de Leonardo. Mas, ao fim, todas as evidências andaram na direção contrária, sobretudo esse documento de libertação”, explicou.

Ainda de acordo com Vecce, “o notário que liberou Caterina é a mesma pessoa que a amou quando ela ainda era uma escrava e da qual teve seu filho”.

A história aponta que Da Vinci era um filho “ilegítimo” de Piero e Caterina, indicada apenas como uma simples camponesa que ficou órfã aos 15 anos. 

Ela foi “emprestada” para a família de Piero para ser “cuidadora” de uma das filhas do notário, Maria. Caterina recebia cerca de 18 florins por ano, um valor considerado bastante alto para vítimas da escravidão porque era “substancialmente uma escrava sexual de Piero”.

Quando esse Donato morreu, em 1466, ele deixou como doação o Monastério de São Bartolomeu de Monte Oliveto, o qual foi retratado por Leonardo já adulto na obra Anunciação. Já Caterina morreu, provavelmente, em 1495 “nos braços do filho” - o primeiro de seis que teve ao longo da vida.
 

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