Mãe de Luciano Hang morreu de Covid-19, afirma advogada de ex-médicos da Prevent
Bruna Morato auxiliou médicos a elaborar um dossiê com denúncias contra a empresa
Foto: Agência Senado
A advogada Bruna Morato afirmou nesta terça-feira (28), durante depoimento à Comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Pandemia, que Regina Hang, mãe do empresário Luciano Hang, morreu em decorrência da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e fez uso de medicamentos, segundo ela, 'ineficazes'.
Morato auxiliou médicos a elaborar um dossiê com denúncias contra a Prevent Senior. O texto foi entregue à comissão e menciona, além da prescrição de remédios sem eficácia, a ocultação de mortes causadas pelo novo coronavírus.
“Ela recebeu previamente hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina e colchicina. Contudo, no prontuário dela não consta a autorização para o tratamento. Eu não tenho como afirmar se a família tinha ou não conhecimento disso”, declarou Morato. “Em todas as passagens [do prontuário] existe essa informação [sobre o uso dos remédios]”, completou.
“Relatam que nos primeiros dias de sintomas ela teria feito o uso do que se chama de tratamento precoce, esse conjunto de quatro medicamentos. Explicação expressa assinada por vários médicos da instituição. Ela foi avaliada por aproximadamente 50 profissionais”, disse.
Sobre a causa da morte de Regina Hang, a advogada diz: “Ela morre de falência múltipla dos órgãos, segundo o atestado de óbito, decorrente de um choque hemorrágico. Contudo, a evolução do prontuário mostra que ela foi internada por Covid-19 e que todas as doenças que ela teve decorrentes da internação estão relacionadas à Covid-19”.
Segundo a advogada, a declaração de óbito e a certidão de óbito de Regina Hang “possuem a mesma informação”. “Contudo, destoa da determinação do Ministério da Saúde a citação do motivo da internação, uma vez que essas doenças se deram em decorrência da internação por Covid-19”, completou.