Mãe de professor denunciado por abusar de aluna se emociona após delegado o declarar como inocente
Caso aconteceu no Ceará; Polícia ainda não informou se há outros suspeitos identificados
Foto: Reprodução
A mãe de Brunno Wesley, professor que havia sido denunciado por violentar uma aluna de cinco anos, se emocionou a declaração da Polícia Civil de que ele não teve participação no crime. Brunno chegou a ser afastado da unidade onde ensinava, no bairro Bonsucesso, após denúncia feita pela mãe da criança.
Em vídeo publicado em perfil criado para defender a inocência do professor, Maria Sheila, mãe de Brunno Wesley, comemorou a notícia.
“Escutar da boca do delegado que meu filho é inocente… Vocês não têm noção, o desespero de 63 dias. [...] 63 dias sem dormir direito, sem comer direito, vendo o meu filho querendo se matar. Alguém tem noção desse desespero que eu passei nesses dias todos?”, declarou a mãe, emocionada.
Com a inocência de Brunno Wesley, a Polícia Civil ainda não informou se há outros suspeitos identificados. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente.
Desde que o caso repercutiu, no fim de março, fotos de Brunno Wesley circulavam pelas redes sociais com mensagens de ameaça, associando ele ao crime cometido contra a criança. No dia 27 de março, pais de alunos fizeram protesto na frente da escola em reação ao caso.
Um perfil em rede social criado para defender a inocência do professor tem mais de 2 mil seguidores, reunindo mensagens de apoio e comentários de pessoas que conheciam o professor, incluindo familiares de ex-alunos.
Na página, o professor também havia comunicado que as filmagens disponibilizadas pela escola evidenciavam que ele não teve contato com a criança que foi violentada. "A criança precisa de justiça e que o verdadeiro culpado seja penalizado", dizia a mensagem.
Caso de abuso
Conforme a denúncia feita pela mãe da criança, a menina apresentou dificuldade para urinar, com dor e sangramento. Ao verificar, a mãe percebeu que as partes íntimas da garota estavam vermelhas e irritadas.
Ao conversar com a filha, a garota relatou para a mãe, no dia 24 de março, que no momento que foi beber água na escola um "amigo grande" a chamou dizendo que uma "amiguinha" dela estava ferida e a levou a uma sala. No local, ele teria "colocado os dedos" nas partes íntimas dela.
A mãe levou a criança para atendimento no Hospital Infantil Dra. Lúcia de Fátima Ribeiro Guimarães Sá, no Bairro Parangaba, onde a menina foi examinada, e o médico falou sobre o indício de violência sexual. A mulher também registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher, que encaminhou a criança para exame de delito na Perícia Forense.