Política

Maia chamou de ‘covardia sem precedentes’ saída de Levy do BNDES

O então presidente da estatal pediu demissão no último domingo

Por Da Redação
Ás

Maia chamou de ‘covardia sem precedentes’ saída de Levy do BNDES

Foto: Reprodução / Band News TV

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, criticou nesta segunda-feira (17), a saída de Joaquim Levy da presidência do BNDES. Ele pediu demissão no último domingo (16), após o presidente Jair Bolsonaro falar em entrevista a jornalistas que iria pedir a “sua cabeça”.   

Em evento realizado pela TV Bandeirantes na manhã desta segunda-feira (17), em São Paulo, Maia foi questionado sobre a saída de Levy e de Marcos Barbosa Pinto, diretor de Mercados Capitais do banco.  

Maia falou que foi uma falta de respeito à forma como o presidente expôs o agora ex-presidente da estatal, e que ele era um grande nome, uma vez que ele havia pedido demissão de seu cargo de diretor do Banco Mundial em Washington.

"Joaquim Levy veio de Washington para trabalhar no governo. Está errado, não pode tratar as pessoas deste jeito. Se quer demitir, chama e demite. Ninguém é obrigado a ficar com nenhum servidor de confiança se deixou de ser de confiança. Agora, tratar da qualidade dos dois desta forma, eu achei muito ruim", disse.

Maia completou dizendo que o Brasil perdeu dois nomes de peso para a economia do país, disse que “foi feito de uma forma que expôs dois quadros de qualidade”. E encerrou lamentando a perda dos executivos do banco.

Demissão

No último sábado (15), o presidente Jair Bolsonaro disse que “já estava por aqui” com Joaquim Levy, pois tinha ordenado que ele demitisse o Marcos Barbosa Pinto, diretor de Capitais do BNDES, mas que Levy teria se recusado a demiti-lo.

"Eu já estou por aqui com o Levy. Falei para ele: 'Demita esse cara na segunda-feira ou demito você sem passar pelo Paulo Guedes'", disse Bolsonaro na saída do Palácio do Planalto.  

Ao saber que o cargo do presidente da estatal estava em jogo por conta de seu nome, Barbosa Pinto resolveu entregar sua carta de demissão à Levy e deu como justificativa a insatisfação do presidente.

Bolsonaro teria se incomodado pelo fato de Marcos Barbosa Pinto ter sido chefe de gabinete do presidente do BNDES, Demian Fiocca, considerado homem de confiança, à época, do ministro Guido Mantega, na gestão do PT.

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