Mais de 2000 mil servidores aderem a greve do Ibama e ICMBio
Os funcionários reivindicam melhorias salariais e reestruturação de carreira
Foto: Vinícios Mendonça/ Ibama
Pelo menos 2.100 servidores aderiram formalmente à paralisação de atividades de fiscalização no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e no Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Os funcionários reivindicam melhorias salariais e a reestruturação da carreira de especialista em meio ambiente.
Até a última sexta-feira (5), 1.600 funcionários do Ibama assinaram uma carta que cita “dez anos de total abandono da carreira” e afirma que a categoria “não foi devidamente acolhida e valorizada” pelo governo do presidente Lula. Na carta, os funcionários também cobram “resposta urgente e ações concretas” do governo federal.
Outros 600 do ICMBio endossaram outro documento, com o mesmo teor: concentrar o trabalho em atividades burocráticas. Essa decisão afetará o combate a desmatamentos, incêndios e invasão de terras indígenas, temas caros a Lula durante a campanha presidencial.
Em outra carta, a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente, a Ascema, declarou que as negociações com o Ministério da Gestão estão estagnadas há três meses. A pasta afirmou estar “aberta” a negociações com funcionários do Ibama, mas não deu prazo para uma reunião.