Mais pobres sentem a inflação nos alimentos e ricos nos combustíveis, aponta pesquisa
O estudo Exame/Ideia ouviu 1.295 pessoas entre os dias 18 a 21 de outubro
Foto: Reprodução/G1
O aumento da inflação no Brasil, com o IPCA, índice oficial de preços no país, tendo registrado um crescimento de 10,25% no acumulado de 12 meses, chegou a população de maneiras distintas. De acordo com a pesquisa EXAME/IDEIA, os mais pobres sentiram a alta dos preços de forma mais intensa nos alimentos e bebidas. Já os mais ricos perceberam uma inflação maior nos combustíveis.
1.295 pessoas participaram da pesquisa entre os dias 18 a 21 de outubro. As entrevistas da EXAME/IDEIA foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A sondagem faz parte de projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.
No geral, a inflação foi sentida com maior intensidade pelos brasileiros nos combustíveis (43%) e nos alimentos e bebidas (40%). Mas quando se analisa por classe social, as proporções mudam. Nas classes D e E, a alta dos alimentos foi mais sentida por 56%, enquanto que para 48% das classes A e B, foram os combustíveis que tiveram a maior crescimento.
“A pesquisa traz dados muitos eloquentes em relação à inflação. 79% encaram a situação como um grande problema no dia a dia. E os dois itens que mais têm pesado no bolso das pessoas, no aumento de preços que foram identificados na pesquisa, foram os alimentos, bebidas e combustíveis”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA.