“Mandaram assassinar o presidente da República”, afirma advogado de Bolsonaro
“Adélio não é louco, é profissional”, completou
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Em entrevista hoje a CNN o advogado do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, falou sobre o atentado sofrido pelo presidente em 6 de setembro de 2018 e fez sérias denúncias sobre o possível descaso da Polícia Federal durante as investigações do crime. Questionado sobre a denúncia do ex-Ministro Sérgio Moro, de que o presidente pudesse estar interessado em saber sobre processos da Polícia Federal, Frederick fez as denúncias sobre possíveis irregularidades nas investigações sobre Adélio Bispo, autor confesso do atentado.
Segundo o advogado, não se pode falar sobre o ocorrido como um “atentado”, uma vez que, segundo ele, o caso único na história do país, foi um ataque terrorista contra a vida do presidente da república.
“Nós temos uma Organização Criminosa que cooptou e direcionou um assassino profissional, no caso, Adélio Bispo, para assassinar Jair Messias Bolsonaro. Não existe essa questão de que ele agiu sozinho, de que ele é maluco, isso é uma “chicana jurídica”, uma piada de mal gosto. Uma profunda e séria investigação, vai demonstrar que isso é um conto de fadas”, disse.
O advogado do presidente foi incisivo em alertar que a Polícia Federal não deu ao fato a devida importância e que, por isso, não foi possível se chegar aos verdadeiros culpados.
“Na verdade, mandaram assassinar o presidente da República. Eu gostaria de deixar claro a gravidade, a relevância desta situação. Se fala muito em atos antidemocráticos, atos contra a democracia, a maior vítimas de tais atos antidemocráticos chama-se Jair Messias Bolsonaro, que chegou praticamente morto ao hospital. Outra coisa que precisamos corrigir, é a de diminuir a gravidade do fato. A imprensa só fala em “atentado a faca” e com isso, a mensagem que vai ao subconsciente das pessoas é que não foi nada grave, um “cortinho”. Não pode se pensar assim. O presidente da República chegou praticamente morto ao hospital em Minas Gerais, com a pressão 3 por 6 e só não morreu por uma assistência divina e bons médicos. O presidente teve uma faca grande enfiada na barriga e esta faca perfurou todos os seus órgãos internos, por 3 minutos a mais, ele teria morrido”, afirmou o advogado.
Ainda falando sobre o atentado, Frederick foi enfático ao denunciar que não houve interesse das instituições de justiça em aprofundar as investigações sobre o caso: “Em que país sério a polícia teria agido como agiu aqui. Qual foi o empenho real? Quais diligências foram tomadas dentro deste inquérito? Na opinião de todos, houve uma inércia da polícia”.
A denúncia prossegue quando Frederick fala que, em seu depoimento na audiência de custódia, Adélio Bispo não demonstrava ter nenhum sinal aparente de loucura mas sim, de ser um assassino profissional que “cumpria uma missão”: “No mesmo dia de sua prisão, ocorreu o “aparecimento mágico e misterioso” de três renomados advogados que chegaram de avião particular, patrocinando a defesa de Adélio. Foram apreendidos telefones celulares, notebooks, cartão de crédito e dinheiro em espécie no local onde Adélio Bispo se hospedava. Este assassino, Bispo, esteve em Brasília no gabinete de então deputado Jean Willys, inimigo declarado do presidente Bolsonaro, visitando o mesmo. O que nós queremos saber é quem mandou matar Jair Bolsonaro. Porque todos perguntam: Quem mandou matar Marielle? mas não houve uma condução investigativa feita com tanto empenho para averiguar o crime de terrorismo contra a vida do presidente Jair Bolsonaro. Será que falta interesse em saber quem mandou assassinar Bolsonaro?”, finalizou Frederick Wassef.