Marcha contra o aborto em Brasília pede aprovação do Estatuto do Nascituro

A 16ª edição da Marcha Nacional pela Vida e contra o Aborto será realizada na próxima terça-feira (20), com o tema “Vida Sempre!”. Os manifestantes têm o objetivo de conscientizar as autoridades sobre a defesa da vida desde a concepção.

Segundo os organizadores da marcha, 70% da população brasileira é contra a legalização do aborto, de acordo com pesquisa divulgada pelo IPEC em setembro do ano passado. O ato de terça também pede a aprovação do Estatuto do Nascituro (PL 478/2007), pauta de destaque do evento, que está na Comissão da Mulher da Câmara dos Deputados desde 2017, aguardando a votação. 

“Vamos nos manifestar pedindo exatamente a valorização da vida, da criança por nascer e da gestante. Queremos que o Estatuto do Nascituro seja efetivamente colocado para votação e aprovado pelo Congresso Nacional", disse Lenise Garcia, presidente do Movimento Nacional Brasil Sem Aborto.

Ela explica que o ato também se posicionará contra a análise pelo Supremo Tribunal Federal da ADPF 442, que pede a aprovação do aborto até os 3 meses de gravidez. "Consideramos que este assunto deve ser discutido pela população, por meio dos seus representantes, que são os parlamentares. De fato, a vida tem um valor inestimável e é garantida pela nossa Constituição, mas se é necessário esse tema ser debatido em algum lugar, esse lugar é o parlamento, que não tem se furtado de discutir este assunto”, frisa

O Movimento Nacional Brasil Sem Aborto, que se diz suprapartidário e supra religioso, quer reforçar a importância da valorização da vida em todas as circunstâncias e acredita ser fundamental a participação da sociedade na mobilização. 

“Somos um movimento da sociedade civil que quer mostrar para os parlamentares, para o governo executivo e para o judiciário, que a população brasileira é contra o aborto. Nós sabemos que essa é a posição majoritária da população brasileira. Inclusive, nós tivemos a recusa pelo parlamento do PL 1135 que pedia a legalização do aborto no Brasil e foi reprovado em uma votação muito expressiva, que chegou a ser 33 a 0, na Comissão de Seguridade Social e Família. O parlamento não está se omitindo. Pelo contrário, ele está se pronunciando ao dizer que a população brasileira não deseja que se modifique a lei em relação ao aborto”, salienta Lenise Garcia. 

Segundo o levantamento realizado pelo IPEC, 70% da população brasileira é contra a legalização do aborto no país, ou seja, 7 em cada 10 brasileiros são contra a prática, enquanto 20% são a favor.

"Assim como existem os estatutos da criança e do adolescente, da pessoa com deficiência e do idoso, e até mesmo o do torcedor, é urgente que a legislação brasileira conte também com o respaldo do Estatuto do Nascituro, complementando as outras normas e garantindo proteção em todas as fases da vida humana. O aborto afeta diretamente a vida de ambas as pessoas envolvidas, pois além de tirar a vida da criança, também afeta profundamente a vida dessa mulher que fez o aborto e vai ter que conviver com isso para o resto da sua existência”, finaliza. 

Homenagem

Na terça-feira (20), às 10h, diversas organizações e personalidades que levantam a bandeira em prol da vida serão homenageadas em uma solenidade no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. O evento será aberto a todos os interessados em participar.