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Política

Marco Aurélio critica operação da PF contra empresários: ‘inibir manifestação é um passo que não se deve dar’

Ex-ministro também se posicionou contra a presença das Forças Armadas nas eleições

Por Da Redação
Ás

Marco Aurélio critica operação da PF contra empresários: ‘inibir manifestação é um passo que não se deve dar’

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello criticou a operação da Polícia Federal, autorizada pela Corte, que mirou empresários bolsonaristas suspeitos de trocar mensagens cogitando um golpe de Estado em um grupo do WhatsApp. 

“Nós vivemos em um Estado Democrático de Direito e, em um Estado de Direito, medula a liberdade de expressão e de manifestação. Você pode não concordar com esta ou aquela ideia, mas chegar ao ponto de proibir e praticar atos processuais visando inibir a manifestação, é um passo demasiadamente largo que não se deve dar. Não compreendi a fala no WhatsApp, até hoje não sei como invadiram o WhatsApp, que para mim é muito seguro, eu não compreendi a fala como estimulando esta ou aquela ideologia. Foi uma manifestação, em si, dos empresários”, disse ele, em entrevista à Jovem Pan. 

O ex-ministro afirmou ainda que a eleição é “um ato civil, não para as Forças Armadas”, em referência à participação do Exército no Comitê da Transparência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O convite foi feito pelo então presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso. 

Um decreto assinado em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) também autoriza a presença do Exército para “garantia da votação e da apuração”. 

“A eleição em si é um ato civil, não é um ato para as Forças Armadas. Tenho a maior admiração pelas Forças Armadas, fiz a Escola Superior de Guerra em 1983 e, como eu era o estagiário de maior qualificação, fui o xerife da turma. Ou seja, o elo entre o corpo de estagiários e o corpo permanente, mas não há espaço para atuação das Forças Armadas. Temos para as eleições, para a garantia em si das eleições, as forças repressivas que são reveladas em si pela Polícia Militar. Também temos a Polícia Civil, investigativa. Agora, mais do que isso é um exagero, é muito ruim. E o que ocorreu? Quando as Forças Armadas apresentaram sugestões, eles [TSE] se sentiram melindrados e rejeitaram o que foi ponderado pelas Forças Armadas”, ponderou ele.

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