Massacre do Carandiru completa 30 anos sem a prisão de policiais condenados
Desfecho tem sido atrasado pela solicitação de uma série de recursos

Foto: Arquivo/EBC
O massacre do Carandiru completa 30 anos neste domingo (2), sem a prisão dos 74 policiais militares denunciados pelo assassinato de 111 presos após uma rebelião no pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, na zona norte da capital. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Eles chegaram a ser condenados a penas que chegam a 624 anos de prisão, mas o desfecho do processo tem sido atrasado por diversos recursos.
A condenação feita pelo Tribunal do Júri em 2013 e 2014 não significou a prisão dos PMs. Depois, o Tribunal de Justiça de São Paulo chegou a anular as condenações, o que foi revertido em instâncias superiores. A discussão, no entanto, agora é sobre a dosimetria das penas, o que a defesa considera excessivas. As sentenças só devem começar a ser cumpridas após o caso não tiver mais margem para recursos.
Há ainda a chance de o caso prescrever, o que significa que o Estado perde o direito de punir os responsáveis pelo massacre. A condenação reinicia a contagem da prescrição, mas o risco é maior para réus com mais de 70 anos. Isso porque o prazo prescricional, que para os crimes de homicídio é de 20 anos, cai pela metade.