Eleições

MDB: segundo projeção do partido, sem Simone Tebet, MDB pode aderir a Bolsonaro

Levantamento aponta que sem candidatura própria da sigla, o grupo pró-Bolsonaro seria apoiado por 70% dos votos

Por Da Redação
Ás

MDB: segundo projeção do partido, sem Simone Tebet, MDB pode aderir a Bolsonaro

Foto: Antonio Augusto/ Ascom/ TSE

A Ala que defende o apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) seria amplamente majoritária na convenção nacional do partido, caso o MDB declinar da decisão de ter uma candidatura própria ao Palácio do Planalto. Esta foi uma constatação feita pela direção emedebista após um levantamento recente com base nos delegados eleitos pelos diretórios estaduais, nas bancadas e nos prefeitos do partido. O resultado mostra que, embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantenha forte interlocução com caciques do MDB no Nordeste, o bolsonarismo é mais forte na correlação de forças interna. 

A pesquisa se tornou uma arma na estratégia da cúpula emedebista para tentar consolidar a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS). A direção do partido, presidido pelo deputado Baleia Rossi (SP), enfrenta resistências internas para manter a candidatura própria. O argumento é que somente com um nome na disputa presidencial a sigla conseguirá manter a coesão e formar uma bancada forte no Congresso a partir de 2023. Apesar dos baixos índices de intenção de voto nas pesquisas, Simone Tebet é vista por articuladores de uma candidatura unificada no centro político como o nome mais viável no momento. Pesa a seu favor o fato de ser mulher em uma eleição na qual o segmento feminino costuma concentrar parcela maior de indecisos.

MDB, União Brasil, PSDB e Cidadania anunciaram acordo para lançar um candidato único à Presidência no dia 18 próximo. O União Brasil, no entanto, recuou do acerto e promete manter voo solo com seu presidente nacional, deputado Luciano Bivar (PE). Já no PSDB, boa parte da legenda rejeita um projeto presidencial próprio e vive uma queda de braço com o pré-candidato tucano, João Doria.

Um levantamento feito pelos integrantes da executiva aponta que, sem candidatura própria, o grupo pró-Lula no MDB conseguiria apenas 30% dos votos, enquanto o atual presidente seria apoiado por 70% dos convencionais. Os cálculos foram feitos com base no quadro de delegados e na leitura do cenário político em cada região. 

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