Médica fala sobre a dificuldade no tratamento da covid-19 com cloroquina na Bahia
Clarice tece ainda críticas a Rui e diz que vidas poderiam ter sido salvas com o protocolo publicizado pelo presidente

Foto: Reprodução
Defensora do uso da cloroquina para o tratamento precoce da Covid-19, a médica Clarice Sabá, em conversa com o Farol da Bahia ela relatou que prescreve cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina para os seus pacientes desde o início da pandemia e revela que todos evoluíram de forma leve com a doença e que nenhum óbito foi registrado. Clarice tece ainda críticas à gestão Rui Costa e diz que muitas vidas poderiam ter sido salvas com o protocolo publicizado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Confira:
A senhora tem prescrito cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina para seus pacientes?
Clarice: Tenho prescrito desde o início da pandemia e muitos pacientes me procuram por saberem disso e nenhum paciente meu precisou ser internado até aqui graças a Deus
Quantos quadros, mais ou menos, a senhora acompanhou que fizeram uso desses medicamentos e tiveram bom quadro? Quantos não?
Clarice: Não tratei pessoas só de Salvador, tratei de fora de Salvador e fora da Bahia, todos evoluíram muito bem, nenhum precisou ser internado. Todos me procuraram na fase 1, na fase 2 A, que são as fases indicadas para o tratamento precoce.
Alguma morte foi registrada pelo uso dos medicamentos de forma precoce?
Clarice: Nenhuma morte chegou ao meu conhecimento pelo uso dos medicamentos. As mortes que ouvimos falar em Manaus foi um abuso na dose, uma dose cinco vezes maior, obvio que só poderia terminar em catástrofe.
A senhora tem mantido algum tipo de diálogo com o governo estadual e ou prefeitura sobre o uso dos medicamentos?
Clarice: Tanto o Sindimed quanto o Cremeb se mostraram favoráveis a autonomia do médicos em prescrever os medicamentos mas não tivemos nenhuma resposta nem do governo estadual nem do municipal quanto a isso.
Quantas mortes a senhora acredita que poderiam ter sido evitadas na Bahia se o tratamento fosse adotado desde o começo da pandemia?
Clarice: Acredito no tratamento precoce e acompanhei de perto meus pacientes que fizeram uso e como disse nenhum caso evoluiu, acreditando nisso, eu acredito que vidas podem ser salvas dessa forma e mortes poderiam ter sido evitadas.
Quais a maiores dificuldades dos médicos baianos que desejam implementar o tratamento precoce em seus pacientes?
Clarice: Vide o caso da médica de Teixeira de Freitas onde um grupo de empresários mandaram fazer os medicamentos e a Anvisa foi lá por ordem de Rui Costa e tomou os comprimidos que estavam sendo distribuídos de forma gratuita, que era o que ele deveria fazer já que recebeu 41 mil comprimidos de Cloroquina do governo federal.