Merenda garantida

A pandemia da Covid-19 (novo coronavírus), inevitavelmente, revolucionou a dinâmica da política nacional. É um problema de saúde pública, em amplitude gigantesca, que impacta profundamente a economia e a vida em sociedade, demandando ações e medidas de qualquer um dos Três Poderes, capazes de minimizar os dados proporcionados pela doença. É a engrenagem completa de um país funcionando para não enferrujar e exclusivamente no propósito de se evitar o colapso total da nação. 

É, neste contexto, louvável o projeto de lei aprovado ontem pelo Senado, que prevê a distribuição dos alimentos da merenda escolar aos estudantes que estão com as aulas suspensas. A votação foi rápida. De autoria do deputado Hildo Rocha (MDB-MA), a matéria foi aprovada na Câmara na semana passada.

Pelo projeto, fica determinado, ao menos enquanto durar a calamidade pública devido à Covid-19,  a distribuição imediata de merenda escolar aos pais ou responsáveis dos estudantes. 

O projeto segue agora para sanção presidencial, e deve – precisa – logo ser publicado no Diário Oficial da União. A situação, infelizmente, não é rara ou novidade no Brasil: milhares de crianças têm a primeira (se não a única) refeição do dia exatamente com a merenda na escola. Com as escolas fechadas, podem ficar sem comer, especialmente se considerar a eminente queda da renda familiar de grande parte da população.