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Mineração celebra flexibilização do licenciamento, enquanto cresce temor por desastres ambientais

Setor considera aprovação do projeto pela Câmara um avanço importante para reduzir burocracia

Por Da Redação
Ás

Mineração celebra flexibilização do licenciamento, enquanto cresce  temor por desastres ambientais

Foto: Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quinta-feira (17), o projeto de lei que flexibiliza as regras do licenciamento ambiental no Brasil. A medida é vista com entusiasmo pelo setor de mineração, que considera a aprovação um avanço importante para a redução da burocracia nos processos regulatórios.

De acordo com informações da coluna de Gabriella Furquim, no portal Metrópoles, representantes do setor afirmam que o Brasil agora se alinha a práticas adotadas internacionalmente. 

Hoje, o tempo médio para obter licenças ambientais na mineração brasileira varia entre 4 e 9 anos. Em comparação, países com forte atuação no setor têm processos mais ágeis: Austrália (2 a 5 anos), Canadá (4 a 8 anos), China (1 a 3 anos), Rússia (2 a 4 anos), África do Sul (1,5 a 3 anos), Peru (2 a 4 anos) e Indonésia (2 a 5 anos).

Segundo empresários da área, a mudança pode atrair novos investimentos, estimular a inovação e favorecer a adoção de tecnologias mais sustentáveis. Em 2023, o setor da mineração foi responsável por quase 5% do PIB nacional, gerando um faturamento de R$ 248,2 bilhões, além de mais de 210 mil empregos diretos e cerca de 2,5 milhões de empregos em toda a cadeia produtiva.

Preocupações ambientais

Por outro lado, ambientalistas manifestaram preocupação com os impactos da flexibilização. Especialistas temem que a medida facilite a repetição de tragédias como os rompimentos de barragens em Minas Gerais.

Em Mariana, o colapso da barragem de Fundão, em 2015, deixou 19 mortos e provocou um dos maiores desastres ambientais da história do país, atingindo toda a bacia do Rio Doce. 

Já em Brumadinho, em 2019, o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão resultou na morte de 270 pessoas e é considerado o maior desastre industrial com perda de vidas humanas no Brasil.

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Críticos alertam que, ao acelerar os processos sem garantir rigor técnico e fiscalização adequada, o projeto pode comprometer a segurança ambiental e a vida de comunidades vulneráveis.
 

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