Mineradora aciona Comissão Nacional de Energia Nuclear após desaparecimento de fontes de Césio-137
Autoridades investigam possível furto do material radioativo em Minas Gerais
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Uma mineradora de Minas Gerais acionou a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), devido ao desaparecimento de duas fontes seladas de Césio-137. A equipe de licenciamento da CNEN foi enviada para investigar o ocorrido.
O sumiço das fontes ocorreu na noite do dia 29 de junho e as autoridades suspeitam de furto do material. A mineradora possui licença regular da CNEN e autorização para operação até 2025.
Apesar da preocupação, as fontes desaparecidas são descritas como duplamente encapsuladas e possuem classificação de baixo risco de exposição, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica. São compostas por aço inoxidável e blindagem externa resistente ao impacto.
As fontes de Césio-137 extraviadas têm atividade cerca de 300 mil vezes menor do que aquela envolvida no acidente de Goiânia em 1987. Mesmo em caso de violação, o material não seria dispersado no ambiente, como ocorreu na capital goiana.
O acidente em Goiânia foi resultado do manuseio inadequado de um aparelho de radioterapia abandonado, que continha uma fonte de Césio-137. O incidente afetou centenas de pessoas na época, com fragmentos radioativos espalhados no meio ambiente na forma de pó azul brilhante.
A investigação sobre o desaparecimento das fontes de Césio-137 em Minas Gerais continua com a participação de técnicos da CNEN no local.