Ministério da Saúde ampliará diagnóstico e tratamento de hepatite B no SUS
Novas diretrizes atualizadas visam mais que dobrar o número de pessoas em tratamento
Foto: Ascom
O Ministério da Saúde anunciou nesta semana a ampliação e simplificação do diagnóstico e tratamento da hepatite B no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a adoção das novas diretrizes, espera-se mais que dobrar o número de pessoas em tratamento no Brasil, passando dos atuais 41 mil para cerca de 100 mil. As mudanças fundamentam-se em evidências científicas mais recentes, posicionando o combate à hepatite B no país como um dos mais avançados do mundo.
Essa medida faz parte das ações empreendidas pelo Ministério da Saúde para o fortalecimento do combate às hepatites virais. Além da ampliação e simplificação do diagnóstico e tratamento da hepatite B, a gestão atual concentra-se em ações preventivas, especialmente por meio da vacinação contra hepatite A e B, e na expansão do acesso a diagnóstico e tratamento da hepatite B e C. O objetivo é alcançar a eliminação dessas doenças como problema de saúde pública até 2030.
No total, o Brasil assumiu o compromisso de eliminar 14 doenças determinadas socialmente nos próximos sete anos. Com relação às hepatites B e C, a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é diagnosticar 90% das pessoas com hepatites virais, tratar 80% dos diagnosticados, reduzir em 90% as novas infecções e em 65% a mortalidade.
Situação atual
Atualmente, estima-se que 520 mil pessoas no Brasil tenham hepatite C, mas ainda não receberam diagnóstico e tratamento. Até 2022, aproximadamente 150 mil pessoas já haviam sido diagnosticadas, tratadas e curadas da hepatite C. Já em relação à hepatite B, estima-se que quase 1 milhão de pessoas vivam com a doença no país, sendo que 700 mil delas ainda não foram diagnosticadas. Até 2022, 264 mil pacientes haviam sido diagnosticados e 41 mil estavam em tratamento.