Ministério do Meio Ambiente cria grupo para repactuação do acordo do Rio Doce após rompimento da barragem de Mariana
GT formado por representantes de diferentes órgãos terá 180 dias para analisar e deliberar sobre o acordo
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O Ministério do Meio Ambiente estabeleceu um grupo de trabalho para analisar e deliberar sobre a repactuação do acordo do Rio Doce, relacionado ao rompimento da barragem do Fundão em Mariana (MG), ocorrido em novembro de 2015. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (12).
Conforme o texto, o grupo de trabalho terá natureza consultiva e será composto por representantes do próprio ministério, do Serviço Florestal Brasileiro, do Ibama, do ICMBio e da ANA. O prazo estabelecido para o encerramento dos trabalhos é de até 180 dias, a partir da data de publicação da portaria, podendo ser prorrogado por igual período por decisão da ministra do Meio Ambiente.
O desastre ambiental resultante do rompimento da barragem liberou 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos em Mariana, causando 19 mortes, destruindo comunidades inteiras e impactando dezenas de cidades ao longo da bacia do Rio Doce até a foz, no Espírito Santo. A mineradora Samarco, controlada pela empresa de mineração anglo-australiana BHP Billiton em parceria com a Vale, era responsável pela operação da barragem.
Em 2016, um acordo de transação e ajustamento de conduta foi firmado para a reparação dos danos causados. A gestão de todas as ações foi atribuída à Fundação Renova, criada na época. Recentemente, a entidade anunciou que mais R$ 8,1 bilhões serão destinados para ações de reparação e compensação do rompimento da barragem, recursos provenientes das mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton.