Ministério dos Transportes aponta que rodovias e ferrovias vão precisar de mais de 100 medidas para enfrentar mudanças climáticas
Ao todo, o estudo listou a necessidade de 179 medidas
Foto: Divulgação/Defesa Civil de São Paulo
A infraestrutura brasileira de rodovias e ferrovias requer 179 medidas de adaptação para reduzir sua vulnerabilidade ao impacto das mudanças climáticas, apontou um estudo do Ministério dos Transportes. A pesquisa listou a necessidade de 121 medidas estruturais e 58 medidas não estruturais para o conjunto de rodovias e ferrovias brasileiras. Foram elaborados cenários até 2065.
O estudo identifica riscos maiores de alagamento ou inundação em trechos no Pará e no Maranhão, além de partes de rodovias no litoral nordestino. A BR-116 (que cruza o Rio Grande do Sul e chega ao Nordeste) e a BR-381 (São Paulo/Minas Gerais) também são citadas.
Já na malha ferroviária nacional, que chega a pouco mais de 30 mil quilômetros, foram detectadas ameaças climáticas em até 60% de sua extensão no médio prazo.
Os trechos de maior vulnerabilidade encontram-se na Estrada de Ferro Porto Alegre-Uruguaiana, na Estrada de Ferro Vitória-Minas, na Estrada de Ferro Minas-Rio e na Estrada de Ferro Carajás.
“Já existem evidências robustas de que os padrões climáticos estão mudando, podendo causar danos e prejuízos na infraestrutura e, consequentemente, reduzir a eficiência das operações de transporte. Estes impactos geram custos adicionais de manutenção, recuperação ou reconstrução de ativos eventualmente danificados, de maneira que determinados efeitos são percebidos imediatamente, enquanto outros manifestam-se em médio ou longo prazo', afirma o estudo.
Veja algumas das ações sugeridas:
- Uso de novas misturas asfálticas — pavimento permeável — que auxiliam na drenagem mais rápida de água parada
- Instalação de proteção suave contra erosão (grama, capim, arbustos e árvores)
- Instalação de proteção dura contra erosão(cascalho e pedra, blocos de concreto, gabiões e estacas de aço ou madeira)
- Estabilização de taludes, incluindo a instalação de paredes de gabiões, pregos desolo e estacas-prancha
- Uso de musgo e líquens para controle deerosão.
- Implantação de sistemas de alerta precoce- Plantio de florestas de “proteção” Remoção controlada de vegetação paraevitar incêndios florestais
- Mudança no procedimento de instalaçãodos trilhos para aumentar o limite de temperatura para expansão térmica
- Instalação de proteção rígida, que forneceuma barricada contra a entrada de água