Ministério Público arquiva oito denúncias de assédio contra Marcius Melhem
A justificativa para o arquivamento se baseia na prescrição dos crimes
Foto: Divulgação/TV Globo
O Ministério Público (MP) ofereceu denúncia formal contra o humorista Marcius Melhem, acusando-o de assédio sexual continuado contra três vítimas. Entretanto, o órgão também arquivou os processos relacionados a outras oito mulheres que trabalharam sob sua supervisão. A justificativa para o arquivamento se baseia na prescrição dos crimes, de acordo com o Código Penal.
A denúncia, divulgada pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, destaca que os supostos delitos teriam ocorrido entre o início de 2014 e janeiro de 2019. Após uma análise do caso, considerando o intervalo de tempo transcorrido, o Ministério Público concluiu que os crimes haviam prescrito, de acordo com o artigo 109, inciso VI, do Código Penal.
O crime de assédio sexual tem um prazo prescricional de quatro anos. O inquérito de investigação se estendeu por dois anos e meio. As três denúncias que resultaram em acusação ocorreram no final de 2019 e início de 2020, enquanto as oito negadas remontavam a antes de agosto de 2019.
Dentre as denúncias arquivadas estão as de Dani Calabresa, Renata Ricci e Verônica Debom. As demais mulheres não foram mencionadas publicamente devido à ausência de divulgação sobre os supostos casos de assédio.
Denúncia aceita
Marcius Melhem tornou-se réu por assédio sexual em uma decisão proferida pela Justiça do Rio de Janeiro. A promotora Isabela Jourdan, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), apresentou a denúncia que foi aceita. O humorista enfrenta acusações de assédio pelas atrizes Georgiana Góes e Carol Portes, além de uma jornalista que preferiu manter sua identidade confidencial.
A defesa de Melhem emitiu uma nota, apontando a escolha controversa da promotora responsável pela denúncia e afirmando que a acusação é confusa e carente de fundamentação. Os advogados asseguram que a defesa do ex-diretor será veementemente contestada, manifestando confiança na Justiça e esperando que o processo seja revisto, conforme as prerrogativas legais.
