Ministro da Justiça diz que haverá punição para postos que não seguirem preços da Petrobras
Dino deu a declaração em coletiva na sede do Ministério da Justiça, em Brasília
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira (18) que a pasta vai organizar um mutirão para fazer com que os postos de combustíveis comercializem os produtos de acordo com os novos preços da Petrobras. Ele anunciou que punições poderão ser adotadas para os comerciantes que utilizarem valores mais altos nas bombas. Dino deu a declaração em coletiva na sede do Ministério da Justiça, em Brasília.
“Estamos marcando esse mutirão para o dia 24 para que haja um tempo para que todos os tempos se adaptem aos novos preços orientados por essa política nova da Petrobras”, afirmou.
Para Dino, a expectativa é que os postos se adequem aos novos valores da estatal de forma espontânea. "Se os postos não compreenderem a necessidade dessa adequação e tentarem transformar isso em margem de lucro, entram em cena os aparatos coercitivos”, disse.
Na última terça (16), foi anunciada pela Petrobras uma redução nos preços da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha (GLP). Os novos preços passaram a valer na quarta (17) depois que a estatal decretou o fim da paridade de preços do petróleo – e dos combustíveis derivados – com o dólar e o mercado internacional.
Segundo o secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, após o anúncio da Petrobras, "diversas denúncias de abusos" foram feitas ao órgão, vinculado ao Ministério da Justiça. "Aumentaram no dia seguinte ao anúncio para depois, mais à frente, reduzir. Ou seja, não vão reduzir. É uma fraude", afirmou.