Ministros atribuem alta dos alimentos a 'questões climáticas' e afirmam que 'tendência é diminuir'
IBGE aponta que a inflação geral do país foi de 0,83% em fevereiro
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura) atribuíram, na última quinta-feira (14), alta no preço dos alimentos a questões climáticas. Ministros ainda afirmaram que o governo prevê redução nos próximos meses.
Declarações foram dadas após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, em Brasília. A audiência foi convocada pelo petista para debater o aumento nos preços dos alimentos e contou com a participação do ministro Fernando Haddad (Fazenda).
"O presidente chamou a equipe de ministros para discutir essa alta de alimentos ocorrida no final do ano porque, de fato, é uma preocupação do presidente que a comida chegue barata na mesa do povo. Todas as evidências é de que já baixou [o preço], teve uma diminuição de preço ao produtor e terá uma diminuição ainda maior de preços ao produtor. Esse aumento ocorreu em função de questões climáticas", afirmou Paulo Teixeira.
Os ministros também informaram que o governo adotará medidas por meio do Plano Safra, que será lançado no meio deste ano, para incentivar a produção de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca perto de centros consumidores.
Para Fávaro, é importante incentivar a produção de alimentos como o arroz no Centro-Oeste e no Nordeste, já que o Sul concentra a maior parte da produção nacional.
"Quando a gente estimula o plantio de segunda safra no Centro-Oeste a gente está incentivando a ter arroz perto destes centros consumidores. Esse papel vai caber a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)", explicou.
Conforme o IBGE, a alimentação no domicílio teve nova alta forte (1,12%), por influência das temperaturas mais elevadas neste início de ano e um maior volume de chuvas que prejudica a safra de produtos.
No contexto mais complexo de colheita, subiram os preços da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%). O aumento do leite longa vida também é destaque (3,49%).