Moradores de favelas no Brasil revelam otimismo para 2020, aponta pesquisa
Conquista de casa e negócio próprio lideram lista de sonhos
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
De acordo com pesquisa Sonho da Favela 2000, o brasileiro que reside em favelas está otimista com a chegada de 2020. O levantamento apontou que oito em cada dez pessoas que se enquadram nessa situação, 81% do total de entrevistados, acreditam que a vida vai melhorar em 2020, e 36% acredita que a melhoria será significativa. Do total de entrevistados, 74% disse estar feliz, atribuindo notas entre 8 e 10 para a sua felicidade. As informações são da Agência Brasil.
Dentro deste cenário otimista, inclui vida financeira e familiar para oito em cada dez moradores, ademais 76% crê em melhorias na vida profissional. As expectativas, de acordo com os entrevistados, não depende de governo, mas do próprio esforço: 64% do total de entrevistados afirmam que a melhoria de vida depende de si mesmo, enquanto apenas 5% deles atribuem ao governo federal a mudança.
O maior sonho dos moradores de favela é ter uma casa própria, resposta atribuída a 21% do grupo entrevistado, seguida por saúde (20%). Ainda entra na lista a chance de ter um negócio próprio (7%), de conseguir um emprego (6%) e de ter sucesso profissional (6%). A maior dificuldade para a realização destes sonhos é a questão financeira: 67% dos entrevistados aponta a falta de dinheiro como maior problema para a realização de seus sonhos. Apesar disso, 52% dos entrevistados têm certeza de que vão conquistar o que desejam.
Em relação à comunidade, o principal anseio foi à garantia de segurança (30%), seguida por melhor infraestrutura (17%), mais acesso à saúde (12%), maior respeito para os moradores (12%) e opções de lazer (10%).
As pesquisas Sonho da Favela 2000 e Favelas Brasileiras, desenvolvidas pelos institutos Data Favela e Locomotiva, foram realizadas entre os dias 8 e 18 de dezembro, com 2.006 pessoas em 63 favelas nas cinco regiões do país. De acordo com o levantamento, o Brasil tem 13,6 milhões de pessoas vivendo em favelas, sendo nove em cada dez moradores (89% do total) morando em regiões metropolitanas.